segunda-feira, 23 de setembro de 2013

'São' Cássio pega até pensamento e para o cada vez mais campeão Cruzeiro; Tricolor leva chumbo

O 'bando de loucos' voltou a sorrir na casa alugada do Pacaembu (27.053 pagantes). Timidamente, é verdade, já que o time completou seis jogos sem vencer, com apenas um mísero golzinho em 540 minutos.
Mas o 'oxo' contra o líder e virtual campeão brasileiro, o Cruzeiro, serviu pelo menos para dar um tostão de tranquilidade aos corintianos, principalmente ao 'professor' Tite, na preparação para o primeiro tiroteio contra o Grêmio, pelas quartas de final da Copa do Brasil.
Um pontinho com sabor de alívio que deve ser atribuído a 'são' Cássio. Ele simplesmente parou a Raposa, com defesas fantásticas.
O time mineiro deitou e rolou na etapa inicial. Em vários momentos, transformou o coirmão em barata tonta e só parou nas mãos do gigante corintiano.
No segundo tempo, Tite arrumou a casa e o time acuou a Raposa, que se limitou a explorar os contra-ataques.
A equipe paulista poderia ter saído com os três pontos, mas Emerson 'Bitoca' desperdiçou ótimas chances. Como sempre.
A Raposa agora tem 50 pontos. Abriu oito de vantagem sobre Botafogo e estufou ainda mais o peito para receber a faixa.
No Serra Dourada (24.789 torcedores), Rogério Ceni fez das tripas coração para evitar a derrota do soberano São Paulo. Mas deu azar na bacia das almas e sucumbiu aos pés do Verdão do cerrado.
O ex-são-paulino Rodrigo foi o carrasco da primeira derrota de 'Muriçoca' Ramalho no comando do Tricolor, após três vitórias.
Aos 44 do segundo tempo, o zagueiro soltou um torpedo em cobrança de falta, a bola explodiu na trave, bateu nas costas de Rogério Ceni e morreu mansamente dentro do gol.
Com o triunfo, o Goiás, um time bem mais arrumadinho e ousado que o São Paulo, atingiu 33 pontos na sexta posição. Já os são-paulinos continuam flertando com a zona do agrião queimado.
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Pitacos da rodada. Lusa coloca Saci colorado para dançar o vira no Sul, diante de 3.012 pagantes, e Dunga pode voltar para a floresta encantada; Urubu voa à meia-boca e fica no zero contra o lanterna Náutico, no Recife - time rubro-negro cada vez mais perto do caldeirão do diabo; Botafogo sai na frente, mas depois engasga com o acarajé e toma virada do Bahêa, com direito a gol impedido de Obina.
Sugismundo Freud. A Justiça tarda... e falha.
‘Ferradura de ouro'. O samaritano Fábio Mello ganhou pontos importantes na luta para levantar o cobiçado ‘Troféu Ferradura de Ouro'. Expulso contra o Galatasaray, após entrada ‘mata-leão' no lateral Ramon, ex-Corinthians e Flamengo, a fera do Besiktas arrumou o maior qüiproquó. Na saída do gramado, o brasileiro provocou os torcedores adversários e o pau quebrou nas arquibancadas. Depois, a galera invadiu o campo e os atletas saíram correndo.
Gilete press. De José Roberto Torero, na ‘Folha': "Vários dos estádios construídos para a Copa são realmente apenas 'para a Copa'. Depois serão tão inúteis quanto um feriado no domingo (...) Há o glorioso Mané Garrincha, que custou R$ 1,7 bilhão até agora (e estava orçado em menos de R$ 0,7 bilhão). Os times do Distrito Federal têm pouca torcida e nenhum deles está nas Séries A ou B do Brasileiro. O estádio ficará mais vazio que o Senado às sextas. Minha sugestão é que, aproveitando sua localização geográfica, seja transformado numa prisão exclusiva para políticos corruptos. O problema é que tem apenas 72 mil lugares. Pode precisar de uma ampliação." Um gol de placa.
Tititi d'Aline. Ganso, um ano de soberano São Paulo: 54 jogos, 21 vitórias, 22 derrotas e 11 empates. Três gols em 3.588 minutos atrás da bola. Ou: um gol a cada 1.196 minutos. Preço da corrida de cada abraço: R$ 8 milhões. Happy birthday.
Você sabia que... o gajo Cristiano Ronaldo chegou a 209 gols e já é o quinto maior artilheiro da história do Real Madrid, atrás de Raul (323), Di Stéfano (308), Santillana (290) e Puskas (242)?
Bola de ouro. Virada Esportiva. Um probleminha aqui, outro ali, mas nada que ameaçasse o brilho da sétima edição. Um banquete para todos os gostos. Menção honrosa: Sebastian Vettel. O alemão é o Palmeiras da F-1. Só perde o quarto título se Massa deixar Alonso na poeira nas últimas provas.
Bola de latão. Zé da Medalha. Preocupadíssimo com o futuro das chuteiras furadas, o carismático dono do Circo Brasileiro de Futebol decidiu buscar novas ideias no Taiti. Mais precisamente no badaladíssimo Mundial de Beach Soccer.
Bola de lixo. Fluminense. Deve três meses de salário aos funcionários que recebem mais de R$ 2 mil. Um deles corre risco de ser preso por não pagar pensão alimentícia.
Bola sete. "Quando você chega é a solução e, em dois meses, vira o vilão da história" (do 'professor' Dorival Jr., sobre a dança dos treinadores - descobriu a pólvora).
Dúvida pertinente. O capitão, artilheiro, cartola e goleiro Rogério Ceni deve ouvir 'Muriçoca' e adiar a aposentadoria programada para dezembro?