sexta-feira, 5 de julho de 2013

Em semi mais longa, Djokovic consegue a revanche

Londres (Inglaterra) - A primeira semifinal masculina de Wimbledon desta sexta-feira foi definitivamente um grande jogo. Não apenas pelo ótimo tênis apresentado pelo sérvio Novak Djokovic e pelo argentino Juan Martin del Potro, mas também pela duração do embate, que se esticou por 4h43 e se tornou a semifinal mais longa da história do torneio. No final, o número 1 do mundo triunfou com parciais de 7/5, 4/6, 7/6 (7-2), 6/7 (6-8) e 6/3.
Derrotado por Del Potro na última e única vez que se enfrentaram na grama do All England Club, pela disputa do bronze nas Olimpíadas de Londres do ano passado, o sérvio teve sua revanche e garantiu lugar na final de Wimbledon. Ele agora espera pela definição da outra semifinal, em que se enfrentam o britânico Andy Murray e o polonês Jerzy Janowicz. Djokovic venceu 11 dos 18 duelos com o atleta da casa e nunca cruzou com o polonês pelo circuito.
Marcado pelo equilíbrio, o primeiro set teve um Djokovic mais errático do que de costume, mas mesmo assim ele passou ileso e não cedeu uma chance de quebra sequer ao argentino. Em contrapartida, Del Potro teve o saque ameaçado pela primeira vez no sexto game, em que sofreu para confirmar, e no segundo break-point cedido não resistiu ao sérvio e acabou quebrado.
A quebra veio exatamente quando Delpo sacava em 5/6 e deu o primeiro set ao número 1 do mundo. Na parcial seguinte, o duelo continuou parelho e a principal diferença se deu em razão da maior precisão do argentino, que quase triplicou o número de bolas vencedoras, passando de quatro para 11. Além disso, ele se deu melhor nos pontos importantes, salvou os cinco breaks que enfrentou e anotou uma solitária quebra.
O argentino conseguiu superar o serviço de Djokovic de zero, faturou o sétimo game e em seguida anotou 5/3, precisando apenas administrar a vantagem até o fim do set para igualar o marcador. Os dois continuaram a fazer um jogo disputadíssimo e decidido nos detalhes. Sem quebras para ambos os lados, a definição do terceiro set foi para o tiebreak, depois de Delpo salvar três set-points quando sacava pressionado em 5/6.
Só que a frieza do argentino no momento de aperto nos serviços não o seguiu no desempate e Del Potro acabou cometendo três erros não forçados seguidos, que entregaram o terceiro set para o líder do ranking, que durante o jogo inteiro se apoiou na maior consistência e no menor número de erros não forçados. Foi assim também no quarto set, em que Djokovic chegou a ter uma quebra de vantagem.
A dianteira obtida por "Nole", no sétimo game, não durou muito tempo e acabou sendo respondida prontamente pelo argentino que devolveu a quebra no game seguinte. Mais uma vez a decisão acabou indo para o tiebreak, liderado quase todo o tempo por Djokovic, que chegou a ter dois match-points a seu favor, mas os desperdiçou e permitiu que Del Potro crescesse na hora certa para empatar o jogo mais uma vez.
No último e decisivo set, mais uma vez o sérvio foi aquele que obteve a primeira quebra. Djokovic superou o saque do argentino na terceira oportunidade que teve, já na reta final do confronto, em pelo oitavo game. Com placar favorável em 5/3, o número 1 do mundo sacou para fechar e desta vez não vacilou, sacramentando sua nona vitória em 12 encontros com Del Potro.