terça-feira, 19 de agosto de 2014

Aos 17, piloto de F-1




A Toro Rosso chocou a F-1 nesta segunda-feira.

Primeiro, por divulgar, em pleno agosto, sua dupla para 2015.

(O que já significa a dispensa de Vergne. O francês passa, já, a procurar a emprego.)

Depois, por provocar um recorde.

A equipe anunciou que Max Verstappen será o companheiro de Daniil Kvyat na próxima temporada.

Max é filho de Jos, que correu oito temporadas na F-1, foi companheiro de Schumacher na Benetton e de Barrichello na Stewart e que viveu seu grande momento na categoria ao pegar fogo no GP da Alemanha de 1994.

Ocorre que Max tem 16 anos.

Vai completar 17 em setembro. E é com essa idade que estreará na mais importante categoria do automobilismo.

Quebrará, por muito, o recorde de precocidade de Jaime Alguersuari, que estreou na F-1 no GP da Hungria de 2009 aos 19 anos e 125 dias.

Neste ano, ele corre na F-3 europeia. É segundo colocado. Nunca o vi correr, então não serei leviano de tecer comentários sobre seu estilo ou seu talento. Mas algo de especial ele deve ter, porque até a semana passada era assediado também pela Mercedes.

Para inscrevê-lo no Mundial, a Toro Rosso provavelmente terá de pedir uma permissão especial à FIA, a exemplo da que foi concedida à Sauber quando promoveu a estreia de Raikkonen, em 2001 _na ocasião, o finlandês pulou direto da F-Renault.

E não deixa de ser interessante que estejamos vendo vários filhos de pilotos dos anos 80 e 90 correndo na F-1: Magnussen, Verstappen, Rosberg... Nelsinho poderia estar lá. Prost também, não fosse ruim de braço. E Pietro, neto de Emerson, vem aí.

A constatação é imediata: estamos ficando velhos.