quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Vasco e Flu morrerão abraçados se repetirem a bolinha de gude do primeiro turno

Os matemáticos de plantão refizeram os cálculos após a 33ª rodada do Brasileirão e chegaram à conclusão de que 46 pontos serão suficientes para driblar o caldeirão do diabo, a extrema-unção para a Série B.
Entre os sete times mais ameaçados, dois gigantes de chuteiras de barro no campeonato deste ano: Vasco, com 37 pontos, e Fluminense, com 36.
Ou seja, nas últimas cinco rodadas a nau vascaína terá de navegar em busca de nove pontos, enquanto o Tricolor vai precisar de 10 em 15 possíveis.
Mas, e sempre tem um mas para atazanar a vida do torcedor, vascaínos e tricolores devem abrir os olhos mais que coruja de prontidão ou morrerão abraçados no piscinão de Ramos.
Nos embates do primeiro turno, o Vasco ganhou fantásticos cinco pontos contra os futuros adversários - Grêmio, Corinthians, Cruzeiro, Náutico e Furacão. A nau vascaína obteve uma vitória, dois empates e duas derrotas.
Já o Fluminense colecionou sete contra Náutico, São Paulo, Peixe, Galo e Bahêa (dois triunfos, um empate e duas sapatadas).
De acordo com a turma do põe, tira, deixa ficar, a possibilidade de pelo menos um carioca cair é de 82%. Recordar é viver, e sofrer:
Vasco 2 x 3 Grêmio
Vasco 1 x 1 Corinthians
Cruzeiro 5 x 3 Vasco
Náutico 0 x 3 Vasco
Vasco 0 x 0 Furacão
Náutico 0 x 1 Fluminense
São Paulo 2 x 1 Fluminense
Fluminense 0 x 2 Peixe
Galo 2 x 2 Fluminense
Fluminense 1 x 0 Bahêa.
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Pikachu 1, Periquito 0. Um empate bastava ao Palmeiras para conquistar, oficialmente, o sonhado bicampeonato da Série B. Mas a equipe decepcionou no Mangueirão e sucumbiu aos pés de Pikachu, o herói do Paysandu. Com a derrota, os periquitos em revista terão de buscar um empate diante do Boa Esporte, no fim de semana, no Pacaembu, para dar a volta olímpica. Já o Paysandu ganhou sobrevida no campeonato e deixou a zona do agrião queimado. Mais de 33 mil torcedores assistiram o Papão da Curuzu jogar água no chope palmeirense.
Gol contra. Diretor de marketing do Urubu, Fred Luz perdeu boa chance de ficar calado ao tentar justificar o injustificável aumento do preço do ingresso para a final da Copa do Brasil. Por mais que procure explicar a facada (de R$ 250 a R$ 800), o cartola não conseguirá convencer a massa rubro-negra. "Não vamos reduzir nada. Está decidido. O preço não tem nada de injusto. Nossa meta é atingir R$ 5 milhões de renda líquida", vociferou Luz, esbanjando prepotência e sem um pingo de luz de humildade.
Sugismundo Freud. O desejo raramente perde para a razão.
Subsolo 1. A gangorra na zona do agrião queimado sobe e desce mais que a Bolsa de Valores. A cinco rodadas para o final do Brasileirão, sete times tentam driblar o caldeirão do diabo, escapar do subsolo. O sambalelê das possibilidades de rebaixamento no ‘Chance de Gol': Ponte - 94,6%; Vasco - 63,2%; Criciúma - 58,2%; Fluminense - 42,7%; Bahêa - 30,3%; Lusa - 7%; e Coxa - 3,9%.
Subsolo 2. O ‘Infobola' indica: Ponte - 86%; Vasco - 61%; Criciúma - 56%; Fluminense - 55%; Bahêa - 26%; Lusa - 12%; e Coxa - 4%. Já os cálculos do matemático Oswald de Souza apontam: Ponte - 90%; Criciúma - 53%; Fluminense - 52%; Vasco - 49%; Bahêa - 32%; Lusa - 15%; e Coxa - 8%.
Dona Fifi. Chove caviar e champanhe na horta do Circo Brasileiro de Futebol. O patrocínio do Itaú foi renovado até 2022. O atual, que termina ao final da Copa de 2014, rende a bagatela de US$ 15 milhões aos cofres do Circo.
Gilete press. De Jorge Nicola, no ‘Diário de S.Paulo': "Diretor executivo do Palmeiras, José Carlos Brunoro voltou a se transformar em pivô de uma polêmica no Palestra Itália. Tudo por causa do prêmio de aproximadamente R$ 250 mil previsto no contrato do palmeirense em caso de título da Segunda Divisão. Desde a metade do ano, o ex-presidente Mustafá Contursi e seus aliados pressionam o presidente Paulo Nobre a demitir Brunoro. O movimento se baseia no custo do cartola - R$ 120 mil de salário por mês." Mamma mia!
Tititi d'Aline. O Bom Senso, movimento dos jogadores contra a folhinha do Circo Brasileiro de Futebol, decidiu fazer novo protesto na rodada desta quarta. Os atletas estão inconformados com o desinteresse dos dirigentes em mudar o calendário e adotar outras propostas. A cartolagem está brincando com fogo.
Você sabia que... Dorival Júnior substitui pela terceira vez o 'pofexô' Vanderlei Luxemburgo nos últimos anos (Peixe/10, Galo/11 e Flu/13)?
Bola de ouro. Bruno Rangel. Ao marcar o gol da vitória da Chapecoense sobre o Paraná, o atacante chegou aos 28 gols e entrou para a história como maior artilheiro em uma edição da Série B.
Bola de latão. São Caetano. Depois de ser rebaixado à Série A2 do Paulistinha, caminha para a extrema-unção na Série B do Brasileiro. De Boeing a teco-teco sucateado: duas vezes vice-campeão brasileiro (2000/01), vice-campeão da Libertadores (2002) e campeão paulista (2004).
Bola de lixo. Estádio das Dunas. Por mais que o governo se esforce para vender manguzá de primeira, poucos acreditam que o campo de Natal ficará 100% até a Copa. Pelo ritmo acelerado das obras, talvez em 2030.
Bola sete. "Jogar a Série B é pior que jogar a Séria A. Tem muita viagem longa, cansativa, sacrifício, gramado ruim, correria... Os atletas têm de comemorar o retorno do Palmeiras" (do ex-goleiro Marcos, na pré-estreia de ‘Santo Marcos', documentário sobre sua vida - é, pode ser).
Dúvida pertinente. A nação rubro-negra deve boicotar a decisão da Copa do Brasil se o clube não diminuir o preço do ingresso?