domingo, 10 de novembro de 2013

Figueira leva sufoco do Guará, mas vence segunda seguida e cola no G-4

Em êxtase pela goleada imposta sobre o rival Avaí na última rodada, a torcida do Figueirense foi ao Orlando Scarpelli crente numa, talvez tranquila, vitória sobre o Guará. O triunfo, o segundo seguido, até veio, mas mais sofrido que o esperado pelos alvinegros. Na último jogo, Thiego abriu o placar para o Figueira; neste sábado, fechou o marcador, ao fazer de cabeça, na etapa final, o tento vitorioso em Florianópolis: 2 a 1 para o Furacão de SC.
Na etapa inicial, o artilheiro alvinegro Rafael Costa voltou a balançar as redes para o Figueira, após converter o pênalti que ele mesmo sofreu, aos 13 minutos. Dez minutos depois, o Guará chegou ao empate, com Rafinha, que chutou de fora e contou com desvio no zagueiro Gutti. Bem na etapa final, o Guará foi castigado com o segundo gol do Figueira, aos 31, de Thiego, de cabeça, que garantiu a apertada vitória dentro de casa, a segunda seguida.
O triunfo faz o Figueira chegar a 52 pontos, ficando a apenas um ponto do G-4, atrás de Icasa, Avaí e Ceará. Já o Guará, que continua com 41, abre o olho para a zona de rebaixamento, já que perdeu a chance de se afastar ainda mais do Z-4. Na próxima rodada, a 35ª da Série B, o Figueirense volta a jogar em casa. Na terça-feira, recebe o ABC, às 19h30m. Já o Guará continua na estrada. Também na terça-feira, às 21h50m, enfrenta o ASA, em Arapiraca.
Rafael Costa Comemora gol do Figueirense contra o Guaratinguetá  (Foto: Eduardo Valente / Agência estado)Artilheiro do Figueira na Série B, agora com 14 gols, Rafael Costa celebra seu gol contra o Guaratinguetá,
que abriu a vitória por 2 a 1 no Orlando Scarpelli, em Florianópolis (Foto: Eduardo Valente/Ag. Estado)
Equilíbrio resulta em empate
O esquema do Figueirense mantido com três atacantes, com Maylson por trás, começou a dar resultado antes dos cinco minutos, a partir dos pés de Saci. O camisa 6 lançou Rafael Costa, que saiu do meio para cair na esquerda, ganhar em velocidade e rolar para Maylson invadir a área e, sozinho, mandar pelo lado. Talvez empolgado pela vitória sobre o rival Avaí na última rodada, o Figueira tinha o time mais à frente, e o Guará aproveitou. Nas costas de Saci, Rafinha saiu livre e rolou para Fransérgio encher o pé, mas parar em Thiego. Mas o lateral-esquerdo alvinegro era útil quando subia. Aos 9, Saci deixou para Éverton Santos cruzar na cabeça de Rafael Costa, parado por bela defesa de Saulo. No lance seguinte, em contra-ataque, o Guará só não fez com o zagueiro Pedro Paulo porque Volpi voou para salvar o time alvinegro.
O lá e cá não parava, e aos 13 o gol saiu. Após receber de Maylson, Éverton Santos deixou a bola escapar, mas viu sobrar para Rafael Costa, que só não conseguiu dominar porque, segundo o juiz, foi puxado por Pedro Paulo. Pênalti. Ele mesmo pegou a bola, bateu e abriu o placar para o Figueira. Sem se abalar, o time paulista avançou. Deu certo. Com cinco jogadores no campo de ataque, o Guará chegou ao empate com Rafinha, aos 23. O atacante saiu para receber a bola, não pensou duas vezes antes de chutar e viu a bola tocar em Gutti antes de entrar. O esquema que deu certo no início para o time da casa voltou nos minutos finais, quando Arthur lançou do campo de defesa para Éverton Santos. O camisa 11 teve chance de tocar para Rafael Costa, livre no meio da área, mas decidiu chutar. A zaga travou. O setor defensivo paulista não travou Maylson, no último lance de perigo da etapa, mas o meia errou.
Pelo alto, Figueira vence outra
Do mesmo jeito que aconteceu no primeiro tempo, o segundo começou a mil por hora. Praticamente no mesmo minuto, aos 7, Figueira e Guará criaram chances de perigo. Primeiro, o time da casa chegou perto com Éverton Santos e Maylson. No contra-ataque, Rafinha recebeu, limpou dois do Figueira e finalizou, mas travado na zaga. Travar foi o que tentou Gutti, jogador da base alvinegra e substituto de Douglas Marques. Aos 13, o zagueiro perdeu o tempo de bola e deixou Júlio César sair livre na cara do gol. O volante tentou dar uma meia-lua em Volpi, mas parou no goleiro. Do outro lado, a mesma coisa. Aos 23, foi o volante do Figueira, Paulo Roberto, quem parou no arqueiro adversário, num momento em que o Guará ‘gostava’ do jogo.
Satisfeito com o empate, a Garça tinha em Xuxa o ponto de equilíbrio, na hora de segurar a bola ou ir para cima, buscando o elétrico Rafinha. O atacante iniciou a jogada que quase resultou no segundo dos visitantes. Ele rolou para Ruan, que cruzou e viu a bola bater em Saci. A bola bateu na trave e na sobra Alex Afonso acertou Gutti, quase em cima da linha. Minutos depois, o castigo para o Guará, que se apresentava bem. Aos 31, Ricardinho levantou e achou Thiego, que subiu e cabeceou sem chances para Saulo. Se levar o segundo já era ruim para o Guará, perder um jogador, então, minou a busca pelo empate. Após perder a bola ao tentar um drible, Júlio César não aceitou ser cobrado por Fransérgio e deu um tapa no rosto do companheiro. O juiz viu e expulsou o volante. Com um a mais, o Figueira, que levou grande pressão no final da partida, teve três claras chances de fazer o terceiro, mas sem sucesso. O resultado positivo, porém, já era o suficiente, que deixa o time a um ponto do G-4.