quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Cartolagem em pânico: Comissão do Senado vota projeto que barra heranças malditas

A cartolagem brasileira vive ótimos momentos. Primeiro, levou uma bola nas costas com o veto a mais de uma reeleição e exigência de transparência em contratos de patrocínio e direitos de imagem. Atletas pela Cidadania, 1 a 0.
Depois, foi sacudida pelo Bom Senso, a rebelião dos atletas contra a folhinha do Circo Brasileiro de Futebol. Bronca que a cada dia ganha mais eco.
Como o mar morto não está mesmo para tubarão, os engomadinhos de colarinho branco poderão sofrer mais uma paulada nesta quarta.
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado deve votar o projeto do senador Vital do Rêgo (PMDB/PB), que responsabiliza os dirigentes por dívidas.
Ele prevê sanções aos cartolas que deixem dívidas para os sucessores. Também impede que utilizem créditos antecipados de forma irresponsável.
O relator da proposta, senador Álvaro Dias (PSDB/PR), já deu parecer favorável ao texto de Vital do Rêgo.
"Ficarão sujeitos à nova norma os bens particulares dos dirigentes de entidades desportivas que participarem de competições profissionais, bem como de entidades de administração de desporto ou de ligas, conforme prevê o Código Civil Brasileiro", explicou Dias.
Se aprovado, o projeto seguirá para a Câmara. Aí, a ‘bancada da bola' vai ter de rebolar mais que popozuda para brecá-lo.
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Periquito arrasa. Quem não chora não mama: antes de encarar o Figueirense, o Palmeiras reclamou muito das arbitragens e atingiu seu objetivo. O juiz Edivaldo Elias da Silva marcou dois pênaltis a seu favor, acertadamente, e o time massacrou a equipe catarinense (4 a 0), em Londrina. Alan Kardec (2), Mendieta e Serginho encaçaparam o Figueira. Os periquitos lideram a Série B, com 62 pontos, nove à frente da Chapecoense.
Sugismundo Freud. Mentes ordinárias não combinam com ideias extraordinárias.
Manequim 1. O patrocínio às chuteiras furadas (clubes, Circo Brasileiro de Futebol e federações) chegou a R$ 767 milhões em 2012. Os maiores contratos pertencem ao Circo, dono da amarelinha desbotada. Em 2003, faturava R$ 80 mi; ano passado, atingiu R$ 236 mi. Uma evolução de 194%, ou 119% acima da inflação do período, de acordo com o consultor Amir Somoggi. Os principais clubes pularam de R$ 72 mi para R$ 497 mi - crescimento de 586% (511% acima da inflação). As federações paparam R$ 34 mi.
Manequim 2. Somente o que a Nike paga ao Circo (R$ 61 milhões) é similar a toda receita do Corinthians, líder entre as equipe brasileiras. Na Europa, quem mais fatura com patrocínio é o Bayern de Munique (R$ 526 mi), à frente de Real Madrid (R$ 489 mi), Barcelona (R$ 488 mi), Manchester United (R$ 379 mi) e Manchester City (R$ 361 mi).
Dona Fifi. Bom senso: amarelinha desbotada viaja até o outro lado do mundo para jogar contra as poderosas Coreia do Sul e Zâmbia.
Irmãos Metralha. Nada contra, ao contrário. Mas não deixa de ser quiçá interessante e, por que não dizer, uma decisão extremamente elogiável. A impoluta Conmebol decidiu adotar a ficha limpa para os clubes em suas competições. Nada de dívidas, problemas jurídicos e que tais. Justíssimo! Principalmente se a limpeza começar pela cartolagem da própria Conmebol, mais envolvida em ações samaritanas que os beatificados irmãos Metralha.
Twitface. ‘Professor' Tite decide aumentar a velocidade corintiana no meio de campo para 1 km/h: Danilo e Douglas contra Furacão.
Gilete press. De Jorge Nicola, no 'Diário de S.Paulo': "Léo tem motivo para andar bravo com a condição de reserva no Santos. Na última renovação de contrato, ele acertou um salário fixo de R$ 120 mil e um bônus de R$ 10 mil por partida disputada. Antes do clássico contra a Lusa, o veterano lateral, que agora é meia, havia disputado só 13 das 25 partidas do Peixe no Campeonato Brasileiro. " Bule sem café.
Tititi d'Aline. Corinthians quer bombar na inauguração do Itaquerão, prevista para abril. Sonha contratar Beyoncé e Rihanna para soltar a voz no estádio.
Você sabia que... os árbitros marcaram 408 faltas nos 10 jogos da 26ª rodada do Brasileirão e distribuíram 57 cartões amarelos?
Bola de ouro. Bruno Rangel. Com um gol de pênalti, garantiu o empate da Chapecoense com o Coelho e chegou a 27 gols na Série B. Igualou o recorde de Zé Carlos, pelo Criciúma, ano passado.
Bola de latão. Marcos André Gomes da Penha. Sua digníssima senhoria, representante do apito capixaba, foi premiada pelas inúmeras lambanças no jogo ABC x Palmeiras. Pulou da segundona para a elite do Brasileirão e vai apitar Náutico x Botafogo.
Bola de lixo. Basquete. Apesar de aquinhoada com mais de R$12 milhões do governo, a confederação brasileira passa o chapéu atrás de grana para poder pagar o convite do Mundial, algo em torno de R$ 1, 5 milhão. Aceita doação até da plim-plim.
Bola sete. "Quem não tem cão caça com gato" (do 'professor' Renato Gaúcho, sobre o futebol pragmático do imortal Grêmio - miau).
Dúvida pertinente. Por que o ‘sargento' Felipão insiste em fechar os olhos para o polivalente Diego Tardelli?