quinta-feira, 11 de julho de 2013

PVC: Com parada e degolas, vemos novo começo

O Brasileirão de 2012 foi o que menos degolou técnicos na história dos pontos corridos. Caíram 18 treinadores em 38 rodadas, um a cada duas partidas.
É muito em comparação com as grandes ligas da Europa --na Inglaterra, o campeonato encerrado em maio passado, guilhotinou apenas cinco técnicos.
Mas foi pouco na comparação com dez anos atrás, início da era dos pontos corridos, quando 40 treinadores foram trocados ao longo de 46 rodadas.
Editoria de arte/Folhapress
O Brasileirão 2013 inverte essa tendência. Só em 2008, nove treinadores foram trocados nas primeiras seis rodadas do campeonato.
Difícil dizer com certeza por que razão os dirigentes ficaram mais inquietos. Talvez pela paralisação provocada pela Copa das Confederações. É como se o campeonato começasse de verdade agora, como se os cartolas vislumbrassem a chance de começar de novo, como o campeonato está fazendo.
No fundo, o erro fica um pouco mais grave.
Se era para trocar, que trocassem 20 dias atrás e dessem ao "novo professor" a oportunidade de ensinar o que quer a seus novos alunos.
O campeonato começou de novo, mas sai na frente quem mantém seu jeito de jogar desde janeiro. Casos do Corinthians de Tite, do Cruzeiro de Marcelo Oliveira e do Internacional de Dunga.


Não existe nada mais fora de tempo no futebol atual do que demitir técnico no meio da campanha.