quinta-feira, 11 de julho de 2013

Laboratório erra diagnóstico de doping no vôlei, e STJD pede desculpas a Natália

Mais uma vez, o Ladatec (Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico), único laboratório credenciado no Brasil pela Wada (Associação Mundial Antidoping), errou em um diagnóstico de doping. Após prejudicar Pedro Solberg, do vôlei de praia, agora o órgão da Universidade Federal do Rio de Janeiro acusou de maneira equivocada a presença de substâncias em nível acima do permitido no sangue de Natália, atleta da seleção feminina de vôlei. O erro rendeu um pedido de desculpas feito pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) à ponteira, segundo o jornal O Globo.
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Natália, do Unilever, em ação pela Superliga Feminina de vôlei, contra o Osasco
Natália levou suspensão após diagnóstico equivocado
Depois de um diagnóstico do Ladatec, que será o responsável por colher amostras e fazer exames antidoping na Copa 2014 e nas Olimpíadas 2016, Natália teve que cumprir 30 dias de suspensão, e ainda iria a julgamento por ter a substância 16-OH Prednisolone acima dos níveis permitidos em seu sangue, segundo o laboratório. Luiz Corrêa Meyer, relator do STJD, porém, apontou que a concentração estava, na verdade, abaixo do limite, expedindo um pedido de desculpas à jogadora e cancelando o julgamento dor doping.
"Não sei se pelo tribunal ou pela CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), mas só nos cabe pedir desculpas à atleta e desejar sorte na carreira, já que se trata de uma grande campeã", disse Wanderley Rebello de Oliveira Filho, presidente da Comissão Disciplinar do STJD do vôlei, ao jornal.
Natália, de fato, possuia a 16-OH Prednisolone no sangue, já que usa um remédio contra asma que produz a substância. O elemento, contudo, não traz nenhum tipo de vantagem competitiva, e é permitida em uma concentração de até 30 nanogramas por mililitro no sangue de qualquer atleta. Ela estava no Unilever, do Rio de Janeiro, na época do suposto doping, mas agora é atleta do Campinas.
No caso de Pedro Solberg, ocorrido antes dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, o Ladatec acusou a presença do esteroide exógeno androstane, usado para ganhar massa muscular, no corpo do atleta. Ele foi suspenso pela FIVB (Federação Internacional de Voleibol), mas pediu revisão. Um novo exame, realizado desta vez em um laboratório alemão, não encontrou a substância proibida, e Solberg foi absolvido.