terça-feira, 1 de novembro de 2011

Brasil, mais uma vez atrás de Cuba no Pan: uma vergonha

Antes do fuzilamento no paredão da incompetência, as glórias a quem merece: os atletas brasileiros, verdadeiros heróis.

Com raríssimas exceções, abnegados pelo esporte tratados a pão de ló produzido em padaria constantemente multada por venda de alimentos impróprios para o consumo.

O máximo de respeito sempre será muito pouco pelo que fazem. Chegam a ser super-homens e mulheres maravilhas. De carne, osso e incrível superação.

Já os cartolas... Não esperaram nem os mexicanos apagarem a tocha para cantar de galo pelos resultados obtidos no Pan-americano de Guadalajara.

Perfilados como canarinhos, enalteceram a ‘brilhante política esportiva’ adotada na ‘Suíça sul-americana’, comandada pelo COB (caixinha, obrigado Brasil), do eterno Carlos ‘Rolando Lero’ Nuzman.

Uma política sem pé nem cabeça. E muito menos competência. Uma vergonha se comparada ao desempenho da pequena Cuba, que desde 1962 enfrenta embargo dos EUA – 58 a 48 no lugar mais alto do pódio. Pela 11ª vez, deixou o Brasil na poeira, competindo com 447 atletas contra 515. Aos números:

Brasil                                              Cuba

48 ouros/141 total   Medalhas            58 ouros/136 total
8.514.876 km²        Área                   110.861 km²
192.376.496           População           11.242.621
US$ 2,1 trilhões        PIB                    US$ 51 bilhões
US$ 11.300             Per capita           US$ 4.500
90%                       Alfabetização      99,8%
72,4 anos               Expect. de vida   78,3 anos
19,3/mil nasc.         Mortal. infantil    5,1/mil nasc.
                                            ######
Corneta. Novo ministro do Esporte, o palmeirense Aldo Rebelo acredita ter importantes ideias para recuperar o prestígio dos periquitos em revista fora de campo, mais precisamente na boca de urna: eleições diretas, um conselheiro eleito em cada estado e diminuição do prazo para o sócio votar (atualmente três anos de clube) e se candidatar ao conselho (oito anos). Um sonhador!

Sugismundo Freud. Se não conseguir realizar seus desejos, esqueça-os.

Pica-Pau. Nada contra, ao contrário. Mas não deixa de ser quiçá interessante e, porque não dizer, supimpa. Ao assumir o cargo de ministro do Esporte, Aldo Rebelo rasgou elogios ao antecessor Orlando Silva, ‘vítima das consequências da luta social e política’. A presidenta Dilma Rousseff não deixou por menos: ‘Orlando Silva fez um excepcional trabalho no Ministério’. Ok! Então, por que mudou? Mudou por quê?

Twitface. O saci ganhou importante aliado para dar uma bicicleta nos candidatos a mascote da Copa do Mundo de 2014: o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que já chegou a propor na Câmara Federal a criação do ‘Dia do Saci’.

Noves fora. A máquina calculadora, com lápis e borracha, volta a funcionar. O Corinthians tem 59% de chances de dar a volta olímpica, contra 25,1% do Vasco, de acordo com o site ‘Chance de Gol’. O Botafogo soma 10,9%, e o Fluminense, 3,3%. No ‘Infobola’, o grito da Fiel acumula 48%. Depois aparecem Vasco (31%), Botafogo (12%) e Fluminense (5%).

Tiro curto. Porto Alegre acordou mais azul do que nunca. No Guaíba, só se falava da sensacional vitória do Imortal no ‘Gre-Naldo’.

Zapping. Apesar de estar na reta final, com pelo menos cinco clubes brigando para soltar o grito de campeão, o Brasileirão vem patinando no ibope global da Grande Pauliceia desvairada, esburacada e abandonada. O duelo Vasco x São Paulo rendeu 18 pontos, mesma audiência de Internacional x Corinthians, há uma semana. Na Band, o confronto de São Januário cravou sete pontos.

Gilete press. De Lauro Jardim, em ‘Veja’: “O Corinthians foi o clube brasileiro que teve mais partidas transmitidas na TV — ao vivo ou em videoteipe — durante o Brasileirão deste ano. O clube já tinha alcançado a mesma marca durante os estaduais. O levantamento foi feito pela ‘Informídia’. Até setembro, os jogos do Corinthians foram exibidos 129 vezes na Globo, Band, SporTV e nos canais pay-per-view. O Vasco está na vice-liderança com 110 partidas, seguido de Flamengo e Palmeiras (empatados em 109) e São Paulo (105).” Plim-plim.

Tititi d’Aline. Depois de um rega-bofe de US$ 20 milhões e 72 dias dividindo a mesma pasta de dente, a socialite Kim Kardashian e o jogador Kris Humphries, da NBA, se divorciaram. Bateram o ‘recorde’ do fofo Ronaldo e Daniella Cicarelli – três meses em 2005.

Você sabia que... o Brasil aterrissou no Pan sonhando com 93 vagas para a Olimpíada de Londres e voltou com 24 (26% de aproveitamento)?

Bola de ouro. Solonei da Silva. De lixeiro a campeão da maratona do Pan.

Bola de latão. Emerson. O sheik corintiano pisou feio no tomate, ou melhor, no pescoço de Daniel, do Avaí. Deve ser julgado e pode complicar o time.

Bola de lixo. Palmeiras. Dentro e fora de campo, cada vez pior.

Bola sete. “Há dinheiro. Faltam prioridades, metas e uma política de massificação, que inclua a escola no contexto do esporte nacional” (de José Cruz, no ‘Uol’ – bingo: esporte é uma questão de educação, tanto que 37.776 escolas rurais do país fecharam as portas nos últimos 10 anos).

Dúvida pertinente. Lucas ‘Marcelinho’, o Lulinha do São Paulo?