quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Grêmio escapa de goleada, mas cai para o Figueirense e fica mais longe da Libertadores

O Grêmio passou a última semana falando em busca de vaga na Libertadores. Mas, se a intenção era usar o jogo diante do Figueirense, em casa, para encostar no bloco de cima da tabela, o time gaúcho se viu diante de um adversário com ataque inspirado, perdeu por 3 a 1 e ficou mais longe do objetivo com a terceira derrota no Olímpico. O time catarinense, por sua vez, foi ao nono lugar, a cinco pontos do G-5 ao término dos jogos da tarde desta quarta-feira.

O Figueirense abriu o placar aos 33 minutos do primeiro tempo, com Aloísio, que completou cruzamento da direita e chutou forte após desvio de Wellington Nem. Três minutos depois, Juninho comandou o contra-ataque pela esquerda e virou para Elias, que dominou e fez o segundo. Ainda deu tempo do Grêmio carimbar a trave por duas vezes, com Douglas e Marquinhos.

Aloísio, do Figueirense, comemora gol que abriu caminho para vitória no Olímpico
Aloísio, do Figueirense, comemora gol que abriu caminho para vitória no Olímpico
Crédito da imagem: Agência Estado
Na segunda etapa, o Grêmio voltou comandando as ações, e até chegou ao gol, aos 23. Douglas cruzou do lado direito e Edcarlos completou por trás da defesa para diminuir. Mas a perspectiva de buscar o empate durou pouco, já que aos 29 minutos o atacante Wellington Nem foi lançado, invadiu a área, passou por Gilberto Silva, pelo goleiro Victor e marcou um golaço no Estádio Olímpico.

Depois, o Figueira ainda perdeu pelo menos duas chances muito claras. Primeiro com Wellington Nem e Rhayner, que brincaram na área gremista e demoraram para finalizar; pouco depois, o mesmo Nem saiu na cara de Victor mais duas vezes, mas não conseguiu ampliar o placar.

Com o placar, o Grêmio ficou na 12ª posição, com 39 pontos, sete atrás do Botafogo, quinto colocado. Já o Figueira encostou no grupo de cima com 41, no nono lugar.

O JogoOs jogadores gremistas entraram em campo acompanhados de seus filhos. O presente do dia das crianças, entretanto, não estava no Olímpico. O Figueirense não quis saber de brincadeira. O bom toque de bola dos catarinenses incomodou o adversário. Não havia jogada rifada ou chutões a esmo.

O Grêmio tinha estratégia semelhante, mas tentava no lance aéreo o caminho para ir às redes. Mas André Lima pouco aparecia. Quando teve a chance, após cobrança de escanteio, o atacante chutou em cima do goleiro Wilson.

O primeiro lance ofensivo encaixado pelo Figueira saiu em bola enfiada para Wellington Nem, ele antecipou-se à zaga e ao goleiro Victor, desviando a bola para fora. Logo depois, o meia se atrapalhou com a bola, mas de um modo que desarmou a defesa e sobrou para Aloísio abrir o placar, aos 33 minutos.

Assimilar a nova situação demorou um pouco para o clube gaúcho. O time visitante entendeu bem o que acontecia e ampliou quatro minutos depois. Juninho puxou o contra-ataque e lançou Elias, o jogador entrou na área e bateu, Victor caiu, mas não teve força para espalmar. Ao esconder o rosto no seu braço, o goleiro mostrava revolta com a própria falha.

O terceiro não saiu por um detalhe. Wellington Nem tocou por cobertura e a bola passou sobre o travessão. Só então os gaúchos compreenderam o que se passava em campo e regiram em chute de Marquinhos em cobrança de escanteio de Douglas. As duas jogadas explodiram na trave.

Celso Roth já é crescidinho, mas fazia bico à beira do gramado. A torcida vaiava. Para o segundo tempo, o treinador colocou Gilberto Silva e Miralles nos lugares de Rafael Marques e Escudero, respectivamente. Nada que aumentasse a força ofensiva gremista. Douglas, em chute cruzado, defendido por Wilson foi a única chance criada no terço inicial do segundo tempo.

Com o tempo ao seu lado, o Figueirense controlava a partida, mas recuou demais. Mário Fernandes de cabeça obrigou Wilson a se esticar todo. No escanteio saiu o gol gremista, aos 23 minutos. Douglas cruzou e Edcarlos testou para as redes.

Ao descontar, os gremistas se animaram, em campo e nas arquibancadas. A pressão aumentou. O time rondava a área adversária com constância. O perigo era o contra-ataque. O perigo se transformou em gol. Em lance individual, Wellington Nem driblou Gilberto Silva, tirou Victor do lance e deu a vitória ao Figueira, aos 30 minutos do segundo tempo.

Com a defesa do oponente escancarada, o Figueirense teve chances para marcar o quarto, mas falhou na hora da conclusão. No último lance do jogo, a defesa dos catarinenses tirou em cima da linha.