O homem que mudou o eixo do futebol está na miséria.
O homem cuja luta nos tribunais enriqueceu milhares de jogadores entregou-se à bebida.
Em dezembro de 1995, o Tribunal de Justiça Europeu de Luxemburgo deu sentença favorável a Jean-Marc Bosman, que reivindicava liberdade de transferência para outro clube após o término do contrato.
A decisão mudou radicalmente a relação entre contratantes e contratados no mundo todo, mas Bosman não conseguiu se beneficiar dela.
Hoje, segundo matéria publicada pelo diário inglês The Sun, Bosman, que é casado e tem dois filhos, sobrevive graças ao auxílio do governo belga.
Dono de um futebol pequeno, ele se transformou num agente político e ficou marcado como o sujeito que levou os clubes à derrota coletiva.
Na temporada 2010-11, segundo dados do futebolfiance.com, as 20 maiores ligas movimentaram 4,95 bilhões de euros com transferências de jogadores.
Os números, sem contar o valor destinado aos salários, mostram o fôlego e o risco dessa indústria.
Jean-Marc Bosman mudou o maior esporte do planeta, ficou marginalizado e não se beneficiou com as mudanças iniciadas por ele.
Um “herói” na miséria.
** Importante: a Lei do Passe ruiu por aqui também. E nem cabe discuti-la, pois seria derrubada pelo texto da Constituição de 1988. Aliás, antes de seu fim oficial, bons advogados já libertavam os jogadores dos clubes nos tribunais brasileiros.
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