A explicação de Mano Menezes para a maneira como os zagueiros atuam na Europa é perfeita. Por lá, o beque sai para dar o bote no atacante que recebe a bola fora da área depois que ele recebe a bola. É a maneira de evitar que o toque de primeira pegue outro adversário entrando às costas do zagueiro.
David Luiz, zagueiro sem medo, sabe fazer isso muito bem. Mas em alguns momentos andava saindo para dar o bote antes de o atacante recebê-la. Aconteceu pelo menos três vezes contra o Manchester United, partida em que foi heroi pelo gol da vitória. Contra o Manchester City, sua atuação foi impecável. Saiu para dar o bote com a coragem dos zagueiros mais técnicos e mais rápidos do futebol mundial.
Essa é uma de suas grandes qualidades. Ter zagueiros rápidos é o que permite avançar a marcação e pressionar a saída de bola dos adversários, como tem feito a Seleção Brasileira sob o comando de Mano Menezes. Mas David Luiz fez mais contra o City, no domingo. Um desarme decisivo, nos pés de Kolarov. Um minuto depois, apareceu na ponta esquerda, como se fosse lateral, e sofreu uma falta. Na cobrança de Lampard, David Luiz estava dentro da área para marcar de cabeça o primeiro gol da vitória do Chelsea.
O Chelsea renasce com meio-de-campo mais consistente do que tinha nos últimos meses. Às vezes com linha de quatro homens. O time fica mais forte e só sofreu dois gols nos últimos cinco jogos. Vai brigar pelo título da Champions League.
