quinta-feira, 14 de maio de 2015

Juventus troca "amarelão" pela camisa azul, muda a própria história e entorta o varal em Madri

Na temporada passada a Juventus, campeã italiana, fez míseros seis pontos em seis jogos na fase de grupos da Uefa Champions League. Com sete, o Galatasaray eliminou a equipe de Turim numa chave liderada com folga pelo Real Madrid, com cinco vitórias e um empate. Indiscutível fiasco de um dos favoritos à classificação.
Menos mal que ao ficar em terceiro, a Juve foi para a Liga Europa, que tinha a final agendada justamente para o seu estádio. Quando estava a uma vitória de alcançar a decisão, empatou sem gols em casa com o Benfica, frustrando sua torcida com a eliminação na semifinal (perdera em Lisboa por 2 a 1).
Este blogueiro foi um tanto cruel com a "Velha Senhora". Tuitei naquele 1 de maio de 2014: "Juve amarelona na Europa. Time italiano em competição internacional é o Milan". Teve torcedor reclamando mais de um ano depois. Mas e não é? São sete títulosrossoneros da Champions contra dois dos maiores campeões do calcio.
Naquela temporada a segunda camisa do clube preto e branco era... amarela. Impossibilitado de jogar com seu fardamento principal, veio de azul contra o Real. A cor da seleção italiana na conquista da Copa do Mundo de 1982 no mesmo estádio Santiago Bernabeu.
A situação dos italianos lembra o River Plate, maior vencedor do futebol argentino e com apenas duas Libertadores no currículo. Já Boca Juniors acumula seis. E a forma como caiu ante o Benfica reforçava a imagem de amarelão do time bianconero.
Na noite desta quarta-feira, em Madri, a Juventus foi valente a ponto de dar importante passo para mudar tal história. Apenas um ano e 12 dias depois do fiasco frente à sua torcida com o 0 a 0 enfrentando a equipe portuguesa.
Vítima de um pênalti absurdamente marcado, a squadra italiana foi muito pressionada nos primeiros 45 minutos. O Real Madrid merecia a vantagem no placar, talvez até por dois gols com 18 finalizações contra duas do time de Turim.
Mas no segundo tempo a campeã italiana voltou diferente. Adiantou seu time, foi à frente, arrematou com perigo aos oito minutos e empatou o cotejo aos 12. Colocou o adversário tecnicamente superior contra a parede, mudou o cenário.
A partir daí os merengues pressionaram intensamente e ficaram expostos a perigosos contra-golpes. Mas a solidez defensiva da Juve e o equilíbrio de seus jogadores bastou para suportar a pressão e recolocar o clube numa final européia 12 anos depois. Sem amareladas! Prêmio aos 4,2 mil tifosi que vieram à Espanha apoiar a equipe.
O desafio será ainda maior no dia 6 de junho em Berlim, um Barcelona letal com Suárez, Neymar e Messi, sob a coordenação de Iniesta. É difícil, mas não impossível para essa Juventus valente cuja camisa, pesada, entortou o varal. Ah, a última vez que ela decidiu uma Liga dos Campeões foi em 2003. Perdeu nos pênaltis. Para o Milan.
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