quarta-feira, 1 de abril de 2015

Fracasso contra San Lorenzo não significa marcha fúnebre para o soberano São Paulo

Ok, ok: a situação do soberano São Paulo na Libertadores está mais complicada do que a de quem apostou na Petrobras.
A equipe precisa de pelo menos um empate contra o campeão San Lorenzo, no Nuevo Gasómetro, para deixar bem encaminhada a classificação no ‘grupo da morte'.
Se perder, porém, não há razão para jogar a toalha, entrar em pânico. Será um resultado perfeitamente normal pela força do adversário e, principalmente, pelo borogodó que tomou conta do Morumbi nos últimos tempos, com o clube lembrando um belo cortiço da Vila Sônia em que ninguém se entende.
O Tricolor ocupa a segunda colocação no grupo 2, com seis pontos, três atrás do Corinthians 100% e três à frente dos hermanos.
Mesmo se dançar o tango em Buenos Aires, o time são-paulino ainda continuará na briga. Mas (olha o mas aí, gente!) terá de vestir as sandálias da humildade e torcer pelo coirmão Corinthians no duelo com o San Lorenzo, pela quinta rodada, no Itaquerão, minha casa minha vida.
Se os corintianos descerem a bordoada nos hermanos, o Tricolor teria apenas que vencer o frágil Danubio, no Uruguai, para ficar novamente isolado na segunda posição - nove pontos contra seis dos argentinos.
Na última jornada da fase de classificação, o Tricolor necessitaria somente de um empate contra o Corinthians, no Morumbi, para chegar ao tiroteio do mata-mata das oitavas de final, independentemente das orações do papa Francisco e do resultado do San Lorenzo diante do Danubio, no Nuevo Gasómetro.
Buenos Aires pode ser a hora da verdade para o São Paulo continuar alimentando o sonho do tetra na Libertadores, enquanto um fracasso não significará a marcha fúnebre. Ou seja, tá ruim, mas tá bom.
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Caiu na rede. Sofá, TV e pipoca: o grupo do Palmeiras na Libertadores.
Ave-Maria. A cartolagem do Peixe nunca rezou tanto para Nossa Senhora do Montserrat. O motivo das preces: se a Lazio negociar Felipe Anderson para um time inglês por 25 milhões de euros, o Santos embolsará um belo dividendo. Quando negociou o meia com o clube italiano, o time da Baixada acertou um percentual de 25% em uma futura transferência. Detém ainda 3% por ser formador do atleta. Uma bela bolada (mais de R$ 30 mi) para quem está de pires na mão, esquentando duas ou três vezes o bule de café. O lateral Danilo, negociado pelo Porto para o Real Madrid por R$ 108 milhões, já renderá chorumelas: R$ 6 milhões. Em 2011, quando vendeu os direitos ao Porto, o Santos exigiu 10% do lucro de uma futura transação.
Sugismundo Freud. Alô, você: não roube, o governo detesta concorrência.
Bem, amiguinhos. De melhor do mundo em 2014 a 29º neste ano como atacante: é a trajetória do gajo Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, em estudo do CIES Football Observatory, que considerou chutes a gol, oportunidades criadas, iniciativa, passes e desarmes. O líder é o hermano Messi, do Barcelona. Neymar aparece na 12ª posição. Entre os zagueiros, Thiago Silva e David Luiz, do PSG, ocupam a quinta e sexta colocações, enquanto o lateral Marcelo, do Real, está em segundo.
Zé Corneta. Bernie Ecclestone (Fórmula 1) e Dana White (UFC): dois sanguessugas do suor alheio.
Bem, diabinhos. O Bahêa pode ficar sem lenço e sem documento se levar adiante a ideia de mandar seus jogos apenas no Pituaçu. O contrato entre a concessionária da Fonte Nova e o governo do estado é alegremente draconiano. Uma das cláusulas determina que o 'cedente [governo] não permitirá a realização de jogos oficiais no Estádio Pituaçu, salvo indisponibilidade justificada da Arena'. O acordo entre o Bahêa e a concessionária se encerra em 7 de abril.
Dona Fifi. Números do emocionante Pernambuquinho: 110 jogos, 389.258 torcedores (3.538 testemunhas por partida) e arrecadação de R$ 4,4 mi (média de R$ 40,6 mil).
Gilete press. Do pequeno grande Tostão, na ‘Folha': "Tite, ótimo treinador, em seu ano de estudos, certamente incorporou detalhes a seus conhecimentos. Será ainda melhor. Mas dizer que ele trouxe novas e revolucionárias ideias é não ter senso crítico. O futebol evoluiu nos últimos 10 anos, mas não houve mudanças nos dois últimos. A estratégia atual do Corinthians é usada há muitos anos pelas grandes equipes e foi utilizada na conquista do Mundial de Clubes. Elias marca e avança como um meia, um atacante, como fazia Paulinho. Podem chamar de 4-2-3-1 ou de 4-1-4-1, a nova moda. Não faz nenhuma diferença." Na mosca.
De chaleira. A pobre Uefa informou que o campeão da Champions na próxima temporada receberá apenas 54,5 milhões de euros (R$ 187,5 milhões). Que dureza!
Tititi d'Aline. Muitos torcedores vão virar casaca sempre que o Botafogo entrar em campo na série B. A drástica mudança de amor atende por Maitê Proença. Aos 57 anos, a atriz promete ficar nua se o time voltar à elite do Brasileirão. Usará apenas uma coleira no pescoço com o nome do clube. Por duas vezes Maitê já deu asas à imaginação dos marmanjos em revistas.
Você sabia que... o Corinthians completará 100 jogos na Libertadores contra o Danubio, colecionando até agora 54 vitórias, 22 empates e 23 derrotas?
Rádio vestiário. Fora dos planos do Saci colorado, Rafael Moura corre atrás de clube. Obstáculo: salário de R$ 450 mil. 'He Man' foi contratado junto ao Fluminense por 3 milhões de euros. Pelo Inter, soma 95 jogos e 25 gols. 

‘Bola de ouro'. Palmeiras. Nem Prass nem Dudu. Muito menos Zé Roberto e Valdivia. Tampouco o moleque Gabriel Jesus. O clube optou pelo gerente Alexandre Mattos como garoto-propaganda da campanha sócio-torcedor. O futebol está mesmo de cabeça para baixo.
Bola de latão. Nike. Um tiro no pé: contratou o velocista Justin Gatlin como garoto-propaganda, apesar de ter sido suspenso duas vezes por doping. Até atletas que têm acordo com a empresa criticaram a decisão.
Bola de lixo. Náutico. O clube pernambucano simplesmente abandonou o estádio dos Aflitos. O mato domina a maior parte da arquibancada e dos vestiários. O campo é utilizado apenas pelas equipes de rúgbi, futebol americano e beisebol. Que lástima!
Bola sete. "O Corinthians, além de ter um time cascudo e um grande técnico, tem uma grande arma na Libertadores, o Itaquerão. Hoje não há craques como antigamente, que não sentiam a pressão da torcida no campo do adversário" (do 'pofexô' Vanderlei Luxemburgo, sobre o alçapão corintiano - é vero).
Dúvida pertinente. ‘Muriçoca' está certo em colocar Ganso no banco?