domingo, 15 de dezembro de 2013

O impressionante volume de jogo do City que atropela em Manchester - vítima da vez foi o líder Arsenal

Olho Tático
O 4-4-2 ofensivo do City com Nasri e Silva soltos se juntando ao ataque, além de Zabaleta e os volantes; Arsenal no 4-2-3-1 tentou, mas não equilibrou
O 4-4-2 ofensivo do City com Nasri e Silva soltos se juntando ao ataque, além de Zabaleta e os volantes; Arsenal no 4-2-3-1 tentou, mas não equilibrou
O time de Arsene Wenger fez o que pôde no Etihad Stadium. Tentou compactar as linhas, igualar a disputa em intensidade e ocupar o campo de ataque. Pressionou a saída de bola e Ramsey aproveitou o erro de Yaya Touré no primeiro gol. 
Ozil procurou as costas dos volantes adversários e o treinador/manager inverteu na segunda etapa o posicionamento de Wilshere e Walcott, que foi o melhor da equipe e marcou um gol em cada tempo. Mertesacker marcou nos acréscimos.
O Arsenal teve 47% de posse de bola e finalizou 12 vezes - seis na direção da meta. Muitas vezes equilibrou e abrilhantou um jogaço, digno da melhor fase da Premier League - leia-se de 2004 a 2009.
Mas é difícil conter o Manchester City de Manuel Pellegrini. Que marcou nada menos que 50 gols em 12 partidas dentro de casa na temporada 2013/14. São 47 em 16 partidas na liga inglesa. Que destruiu o Tottenham por 6 a 0 quando o time londrino era a defesa menos vazada. Passou a ser o Arsenal. Não é mais com o revés por 6 a 3.
Os citizens goleiam porque têm volume de jogo impressionante. No ofensivo 4-4-2, os laterais apoiam, mas Zabaleta é mais efetivo - como na assistência para Negredo no segundo gol. Os volantes Fernandinho e Yaya Touré jogam adiantados e aparecem constantemente na área adversária. Não por acaso marcaram três dos seis gols. Símbolo da vocação ofensiva do time azul de Manchester.
TruMedia
Mapa de toques de Fernandinho no jogo: forte presença no campo de ataque e duas aparições na área do Arsenal.
Mapa de toques de Fernandinho no jogo: forte presença no campo de ataque e duas aparições na área do Arsenal.
Pellegrini mantém a dinâmica do meias Nasri e Silva nos melhores tempos de Roberto Mancini. Sem a bola, voltam pelos lados como típicos "wingers". Na transição ofensiva, liberdade total para se aproximarem de Aguero e Negredo, além de abrir os corredores para os laterais.
Bola perdida, a pressão começa no campo adversário. Quando Ozil falhou, Fernandinho desarmou, o contragolpe foi letal com o próprio volante brasileiro finalizando. Apesar dos três gols sofridos, o sistema defensivo foi eficiente, com boas atuações de Kompany e, quem diria!, Demichelis.
Um rolo compressor com volúpia ofensiva que não diminuiu após a saída de Aguero, lesionado. Silva virou meia central do time repaginado no 4-2-3-1 com a entrada do compatriota Jesus Navas, que joga fixo á direita. Passe de Navas, gol de Silva, que deu lugar a Milner. Aí Nasri virou o meia central para fazer linda jogada no quinto gol, de Fernandinho. Nos acréscimos, Pellegrini tirou o francês e colocou Javi García. Foi a vez de Touré avançar e marcar o último de pênalti.
Olho Tático
Wenger inverteu Wilshere e Walcott, fez substituições, mas não conseguiu conter o volume de jogo do City, que terminou com Y.Touré como meia central.
Wenger inverteu Wilshere e Walcott, fez substituições, mas não conseguiu conter o volume de jogo do City, que terminou com Y.Touré como meia central.
Versatilidade e força de elenco que ficaram bem claras na incrível virada com time misto sobre o Bayern em Munique por 3 a 2 pela Liga dos Campeões. Mais um gol e seria líder do grupo. Contra os Gunners, o massacre poderia ter sido bem maior. Afinal, das 22 finalizações apenas sete foram na direção da meta. Seis entraram.

Esse City pode não fazer história. Talvez nem vencer a liga nacional ou a Champions. Mas é time que agrada as retina e vale acompanhar com atenção.