segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Brasileirão, 39ª rodada: Portuguesa ou Fluminense, quem merece dançar nas barras do tribunal?

Chegou o dia D. Engravatados de colarinho branco do Superior Tribunal de Justiça Desportiva decidirão o superclássico do Brasileirão na imprestável 39ª rodada.
Portuguesa ou Fluminense, quem vai dançar nas barras de um tribunal politicamente comprometido com o Circo Brasileiro de Futebol?
Seguir friamente o regulamento, mesmo que o time paulista não tenha agido de má-fé ou se locupletado esportivamente, ou levar os resultados obtidos em campo? Veja algumas opiniões e decida:
"As pessoas de bem e que buscam a verdade, não aquelas que querem ‘ganhar' a discussão, tem que poupar o tribunal e os abnegados que lá atuam de críticas infundadas e ou levianas. Lá não é um circo, não tem nenhum palhaço, não tem tapetão ou se faz viradas de mesa" (de Paulo Schmitt, procurador do STJD).
"Amigo legalista, amigo justiceiro, cair no campo de batalha é humano, subir no tapetão da sala da justiça da CBF é imperdoável" (de Xico Sá, na ‘Folha').
"Criou-se uma comoção na imprensa de que é uma briga de David e Golias. Não querem que se cumpra a regra, querem o Fluminense na Segunda Divisão. O clube já estará punido, pois será questionado o ano inteiro. Querem criar uma lei só para o Fluminense" (de Peter Siemsen, presidente do Tricolor).
"Se a Portuguesa perder os pontos, os cartolas estarão afirmando que o que acontece nos tribunais desportivos é mais importante do que o que ocorre dentro do campo, mensagem que não combina muito com a ideia de esporte" (de Hélio Schwartsman, na ‘Folha').
"Se a lei existe e é punitiva, deve ser aplicada. Não pode prevalecer o dó. Mas haverá julgamento, garantindo à Portuguesa o direito da ampla defesa. E, em vários tribunais, pensamentos sobre casos semelhantes divergem. É difícil dar um percentual de zero a cem, mas vejo a Portuguesa em situação dificílima" (de Rubens Approbato, ex-presidente do STJD).
"Mesmo se for clara, a regra não pode estar acima do bom senso e da justiça, pois existe uma certeza, a de que a Lusa não agiu por má fé nem se beneficiou pelo provável erro. Deveria ser punida de outra forma, e não com a perda dos pontos" (do pequeno grande Tostão, na ‘Folha').
"O atleta pegou dois jogos e a gente comunicou a Portuguesa. Não sei dizer por que resolveram escalar o Héverton, até porque isso não me compete. Por uma questão de bom senso, a gente orienta o clube a não usar o jogador ou tentar um efeito suspensivo" (do advogado Osvaldo Sestário).
"Um resultado consumado no campo só pode ser desprezado em situações criminosas contra a lisura do placar, como manipulação de resultados, por exemplo. O prejuízo à credibilidade do torneio será bem maior que o mal que se pretende corrigir (de Márvio dos Anjos, do ‘Globoesporte.com).
"Eu não vejo espaço para que a Portuguesa seja rebaixada. O código prevê que o tribunal esportivo deverá observar os princípios da moralidade, razoabilidade e estabilidade das competições. A Portuguesa não teve má-fé ou intuito de obter vantagem" (de Rodrigo Dunshee de Abranches, vice-presidente do Flamengo).
"É primordial que a decisão seja, sim, baseada na lei. A opinião pública é importante, mas não pode ser determinante. Geralmente, as turbas se enfurecem e tomam partido sem pensar e estudar sobre o que tanto reivindicam" (de Carlos Velloso, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, ao ‘Globo').
"Não sabemos o que irá decidir este STJD de decisões tão lerdas quanto discutíveis. Talvez se prenda rigorosamente ao rigor da lei e mande a Portuguesa para o fundo do poço. Impedir que ela continue na primeira divisão, lugar que assegurou em campo, é achar que o calor das vitórias vale menos que a frieza das leis. Se a Portuguesa cair, o Fluminense sobe. Ou melhor, fica onde, pelo futebol que jogou, não merece ficar. Por mais doloroso que pareça ao coração de seus torcedores, permanecer na segunda divisão - assumi-la de cabeça erguida, partir para reerguer-se, lutar digna e legitimamente por um 2014 melhor - será gesto mais à altura de um grande clube do que voltar novamente pela janela" (de João Máximo, no ‘Globo').
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San Gennaro. O macarrão da mama ainda vai azedar no ninho dos periquitos em revista. Os jogadores sem contrato não estão nada satisfeitos com a nova política adotada pelo nobre presidente Paulo Nobre: salário mais baixo e ganho por metas alcançadas. O volante Vilson quase caiu para trás quando lhe ofereceram metade do atual holerite e prêmios por objetivos.
Sugismundo Freud. Águia inteligente esconde as garras.
Cocoricó. Panela velha é que faz comida boa. Pois é, chegou a hora da prova dos nove no Galo bom de bico. A equipe mineira tem o maior número de trintões do Mundial do Marrocos. Ronaldinho Gaúcho (33), Victor (30), Leonardo Silva (34), Pierre (31) e Josué (34) são os 'vovôs' do campeão da Libertadores. No banco, Gilberto Silva, 37. O time mineiro tem a média de idade mais alta do torneio, com 28 anos e 11 meses.
Gilete press. De Luiz Zini Pires, no ‘Zero Hora': "Nos últimos oito anos, Messi renovou contrato seis vezes com o Barcelona. A mais recente foi em fevereiro, quando estendeu o compromisso até 2018. Agora, quer outro aumento, deseja mais do que os R$ 37,8 mi que recebe anualmente. Os dirigentes disseram que não existe motivo para nova conversa. Messi não gostou. Preocupado, o Barça enviou um diretor ao encontro do jogador. PSG, Manchester City e Real Madrid fizeram superofertas ao jogador. Seus direitos custam R$ 800 mi. Com publicidade, fatura R$ 105 mi/ano." Ô coitado!
Tititi d'Aline. O prestígio de Celso Roth entre os torcedores do imortal Grêmio é dos mais respeitáveis. De cada 10 mensagens que o clube recebe, pelo menos 11 pedem para o presidente Fábio Koff pensar em outro nome, caso Renato Gaúcho não acerte a renovação por problemas salariais.
Você sabia que... o advogado Osvaldo Sestario, um dos protagonistas da 39ª rodada do Brasileirão, embarcou com a mulher para a Europa?
Bola de ouro. Arthur Zanetti. É o rei das argolas. Ganhou todos os torneios que disputou nesta temporada, de competições regionais ao título mundial em Antuérpia, na Bélgica.
Bola de latão. Tottenham. Mais uma surra histórica na Premier League. Depois dos 6 a 0 diante do Manchester City, apanhou de cinco do Liverpool, com direito a expulsão de Paulinho e show de Luiz Suarez, autor de dois gols.
Bola de lixo. Bolsa Atleta. Mais de 5.500 beneficiados estão sem receber há três meses a ajuda de custo do governo. A grana varia de R$ 350 a R$ 3.100. Uma fortuna, sem dúvida.
Bola sete. "O Internacional nos serve de exemplo para dois casos. Por ter perdido do Mazembe e por ter derrotado o Barcelona" (do mestre Cuca, sobre a preocupação do Galo em pegar o Raja Casablanca na semifinal - é vero).
Dúvida pertinente. Pedido a Papai Noel: bola, tapetão ou toga