segunda-feira, 4 de novembro de 2013

'Empatite' 15: mais três, e o Corinthians sai do sufoco; Caça-Rato, o grande herói da rodada

Mais que comemorar três meses sem roubar a cereja do bolo na casa do anfitrião, o ‘bando de loucos' deve festejar o 15º ‘empatite' em 32 jogos do Brasileirão. Ou 15 importantes pontos em 45 disputados.
O Corinthians chegou garbosamente aos 42 pontos no 1 a 1 com o Vitória, no Barradão, e agora depende de somente mais três empates para sair do sufoco, das garras do fantasma do rebaixamento, pelos cálculos dos matemáticos.
Se o tico-tico sem fubá adotado pelo ‘professor' Tite foi um sucesso, com os laterais Alessandro e Edmilson mais perdidos que cotovelo de bebum à procura de um balcão, além de Renato Gaúcho como um zero à esquerda de centroavante, o Leão baiano deve lamentar o tropeço. O time perdeu dois preciosos pontos na luta para carimbar uma vaga na Libertadores.
O Corinthians, que superou a marca de 14 empates de 2007, quando foi rebaixado, saiu na frente, com Guilherme. Dinei deixou tudo igual.
O resultado colocou um ponto final no nhenhenhém do ‘professor' Tite de que ainda havia chance de o Corinthians se classificar ao torneio continental.
No aquário da Vila Belmiro, a Raposa devassa devorou o Peixe, com mais um golaço de Everton Ribeiro, que fez fila na defesa santista.
O saboroso pão de queijo tem agora 68 pontos. Está numa situação tão complicada na tabela que pode soltar o grito de campeão, oficialmente, no embate com o Grêmio, no próximo fim de semana.
A equipe da Baixada, por sua vez, começou a ver a Libertadores de lupa, enquanto o ‘professor' Claudinei Oliveira continua mais ameaçado do que nunca por Abel, Mano, Ney Franco, Guto Ferreira e Ricardo Garega.
Já no ‘Mundão do Arruda', a grande festa do domingo: o Santa Cruz bateu o Betim (2 a 1) e levou mais de 60 mil torcedores à loucura.
Depois de seis anos, a equipe voltará à Série B. O time pernambucano assegurou a classificação às semifinais da Série C e, automaticamente, o acesso (Vila Nova/GO, Sampaio Corrêa e Luverdense também estão garantidos).
De 2007 para cá, o Cobra Coral perambulou pelas mãos do diabo, com direito a três temporadas na quarta divisão. Mas o calvário finalmente acabou.
André Dias abriu o placar para os pernambucanos no segundo tempo, Max empatou para os mineiros. Aos 42, Caça-Rato entrou para a história do Santa Cruz marcando o gol da vitória. E um carnaval fora de época tomou conta do ‘Mundão do Arruda'.
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Pitacos da rodada 1. De preto, imortal Grêmio para nas mãos de Marcelo Lomba e completa cinco jogos sem vitória - Bahêa também faz a quina com o ‘oxo' e não quebra tabu de 10 anos sem ganhar dos gaúchos; mesmo sem o rechonchudo Walter (lesionado), Verdão do cerrado apaga Fogão com Eduardo Sasha na bacia das almas, vai a 52 pontos e encosta no G4.
Pitacos da rodada 2. Furacão varre Saci colorado, com um gol de Dellatorre, e pula da quarta para a vice-liderança do campeonato, com 55 pontos, e torcida grita ‘é Libertadores, é Libertadores' - time gaúcho acumula quinto jogo sem ganhar; nem Tigre nem Macaca no duelo dos desesperados em SC: 1 a 1 (Ricardinho e Leonardo) complica a vida dos dois na briga para ficar na elite.
Pitacos da rodada 3. Fluminense do ‘pofexô' Vanderlei Luxemburgo apanha de um Flamengo meia-boca, gol contra de Gum, no ‘new Maraca' (32.062 torcedores), e se complica ainda mais na luta para fugir da zona do agrião queimado - mesmo sem conquistar uma vitória há nove partidas, Luxemburgo permanecerá no cargo, porque o presidente Peter Siensem gostou do time.
Sugismundo Freud. Juventude, um estado de espírito.
Vida mansa. Se vingar a Supercopa do Brasil, ideia do Circo Brasileiro de Futebol para abrir a temporada 2015, o bom senso indica que um time poderá disputar apenas sete torneios ao longo do ano. Além da competição que colocaria frente a frente o campeão do Brasileirão e o vencedor da Copa do Brasil, a pequena maratona teria Estadual, Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores ou Sul-americana, Recopa Sul-americana e Mundial da mamãe Fifa. Pique no lugar.
Dona Fifi. Diego Tardelli voltou a marcar um gol pelo Galo depois de um jejum de 14 jogos no ‘enterro' do Náutico. Xô, uruca!
Gilete press. De Pedro Motta Gueiros, no ‘Globo': "Na vida real, uma camisa amarela tem o mesmo valor de uma vermelha ou de qualquer outra. Para o comando da CBF, no entanto, servir a seleção parece ser como atender a um chamado para a guerra. No fundamentalismo religioso, quem pensa diferente é visto como inimigo, mesmo que o esporte e a democracia estimulem a boa convivência entre contrários." Na mosca.
De chaleira. Coxa, um visitante nota 10: uma vitória, cinco empates e 10 derrotas na casa dos coirmãos.
Tititi d'Aline. Antes do rega-bofe patrocinado ao longo do sorteio dos grupos da Copa na Costa do Sauípe, o Circo Brasileiro de Futebol pretende reunir a cartolagem das federações e dos 20 clubes da elite do Brasileirão numa ‘grande festa da família do futebol brasileiro'. Ela se encontrará num hotel nos Jardins, em São Paulo, que cobra a bagatela de R$ 1.450 a diária. Ao longo de três dias, a partir de 25 deste mês, o carismático Zé da Medalha pedirá votos ao primeiro-ministro Del Nero para a eleição de 2014. É dando que se recebe.
Você sabia que... Jurgen Klopp, comandante do Borussia Dortmund, está a uma vitória do recorde de 108 triunfos de Ottmar Hitzfeld, alcançado em 208 jogos à frente do time alemão?
Bola de ouro. Arsenal. Reina absoluto na Premier League. Tem mais gordura para queimar que o rechonchudo Walter. Que venha o Borussia Dortmund pela Champions!
Bola de latão. Basquete. A sublime confederação brasileira mandou e-mail gratificante aos times que disputarão o Brasileiro sub-15 feminino da segunda divisão, em Goiânia. As garotas devem levar roupa de cama, toalha, sabonete, pasta de dente e outros apetrechos. O torneio será no final deste mês.
Bola de lixo. Flamengo. Há sete meses os remadores não recebem um níquel do clube. Nem enxoval da Adidas. Usam a roupa velha da Olympikus, com o logo da empresa camuflado por esparadrapo. Que venha a Rio-16!
Bola sete. "Nunca tive privilégios. Sei que alguns acham que não, mas só quem está no clube é que sabe" (do mago Valdivia, sobre a fama de chinelinho no ninho dos periquitos - é vero?).
Dúvida pertinente. Faz sentido improvisar Renato Augusto como atacante e deixar um centroavante de R$ 40 milhões mergulhado no banco corintiano?