quarta-feira, 3 de julho de 2013

Kvitova alega que passou mal antes de derrota

Londres (Inglaterra) - A tcheca Petra Kvitova era favorita à decisão de Wimbledon após as quedas de Victoria Azarenka e Maria Sharapova em sua chave, mas foi surpreendida nas quartas de final pela belga Kirsten Flipkens. Depois da virada por 4/6, 6/3 e 6/4, a campeã de 2011 disse que não estava no mesmo nível de dois anos atrás e lamentou por não apresentar 100% de suas condições físicas.
"Eu peguei algum vírus na noite passada, foi muito complicado para mim. Estava doente e com dor de garganta. Eu me sentia tonta, cansada e com sono e (isso) com certeza não me ajudou", explicou. Antes do set decisivo, a tcheca recebeu atendimento em quadra e tomou um remédio para tentar melhorar.
"Mas não é uma desculpa, porque Kirsten jogou muito bem. Eu lutei, mas infelizmente não foi o suficiente", acrescentou. Decepcionada com a chance que perdeu para chegar à semifinal, Kvitova falou da grande pressão que sentiu desde as eliminações precoces de Azarenka e Sharapova.
"Com certeza houve muita conversa sobre eu ser a melhor cabeça na minha metade da chave. Talvez tenha sido um pouco mais de pressão, mas eu já me acostumei com isso".
Principal surpresa da terça-feira, Flipkens tinha dificuldades para entender o que tinha acontecido após disputar as quartas de um Grand Slam pela primeira vez. "É incrível, mais do que um sonho que vira verdade. No ano passado eu nem entrei no qualifying, estava em 262 no ranking. Agora estou na semifinal. Não podia ser melhor", afirmou.
A atual número 20 do mundo foi campeã juvenil de Wimbledon e do US Open há 10 anos. Como profissional, chega ao melhor resultado da carreira em Londres, tornando-se a primeira belga na semifinal desde Justine Henin, em 2007.
"Eu estou aproveitando cada momento. Estava muito feliz hoje pelas quartas de final e chegar na semifinal é mais que um sonho. Fui muito calma em quadra, não tinha nada a perder e fiz as minhas jogadas".
Ao falar das inúmeras lesões que sofreu, até mesmo como juvenil, Flipkens se emocionou ao se lembrar da compatriota Kim Clijsters, com quem trabalhou em 2012. "Kim foi uma das poucas pessoas, além dos meus patrocinadores, que ainda acreditavam em mim no ano passado, eu preciso agradecê-la. As pessoas que acreditavam em mim eu posso contar em uma mão", disse a tenista de 27 anos.