segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A reforma do líder

O segundo gol do Corinthians é o exemplo do que o time não fazia, quando perdeu a liderança, e voltou a realizar no Brasileirão. Jorge Henrique dominou na ponta-esquerda. Não tinha espaço. Tabelando e carregando a bola, foi parar na ponta-direita, de onde rolou para Willian finalizar. O Corinthians das partidas anteriores à perda da liderança, dia 18 de setembro, contra o Santos, era estático. A equipe que retomou a primeira posição, ontem, com a vitória por 3 a 0 sobre o Atlético-GO, se mexe. E muito!


Outro exemplo é a inversão de posições entre Alex, o centroavante titular na ausência de Liedson, e Danilo. Muita gente disse que Danilo foi o centroavante nos últimos dois jogos. Não foi. O terceiro gol mostra Alex infiltrado, isolado, quando Danilo roubou a bola na ponta-direita e rolou para o nascimento da vitória.
O lance encerrou o primeiro tempo brilhante, que pode ser reprisado nas preleções de Tite daqui até a decisão, em dezembro. Porque se jogar como nos primeiros 45 minutos de ontem, o Corinthians será campeão brasileiro.
A jogada de Danilo e Alex tem também um pouco do que Tite mais preza nos times que dirige: marcação por pressão. Os melhores jogos corintianos em 2011 tiveram essa característica. Tite adora ver suas equipes afogando os zagueiros adversários desde que dirigiu o Grêmio, campeão da Copa do Brasil de 2001. No segundo tempo, o jogo piorou, a pressão sumiu e Tite usou Jorge Henrique como marcador do lateral Thiago Feltri, como fazia Mano Menezes em 2009. O Corinthians não ameaçou mais. Também não foi ameaçado.
A questão agora é usar as armas do banco de reservas a favor do time, não contra ele. Liedson, Émerson e Adriano podem ser titulares, mas precisam se deslocar como fez o Corinthians do primeiro tempo. Hoje, a impressão é que só entram se um dos titulares der mole.