Quem gosta de futebol tem prazer em assistir a um jogo do Barcelona ou do Real Madrid. Quem não gosta de ver as jogadas de Messi, Xavi, Fàbregas, Cristiano Ronaldo, Özil e cia?
Por outro lado, vale a pena uma liga em que dois times são espetaculares e os demais não são capazes de fazer frente?
O Real Madrid goleou o Zaragoza por 6 a 0. Adversário fraco, resultado até certo ponto esperado. O que aconteceu nesta segunda, porém, chama a atenção.
O Barcelona tinha apenas dois defensores disponíveis para a partida (Abidal e Fontàs), escalou um 3-4-3 nunca testado em jogos oficiais, permitiu-se deixar Xavi e Villa no banco... e goleou por 5 a 0 o Villarreal, que, como os blaugranas, está na Champions League.
O abismo técnico e econômico entre os dois gigantes e o restante de La Liga contribui para minar rapidamente o interesse do torcedor - e, por que não dizer, dos outros 18 times envolvidos.
O colega Ubiratan Leal, neste texto publicado no Balípodo, expõe alguma das razões para o status quo: país em recessão, fuga de patrocinadores, queda brusca nas receitas.
Algo que só vale para os "mortais", já que Barcelona e Real Madrid desfrutam de suas históricas benesses na relação com o poder público, aumentando dívidas que são sempre equacionadas da forma mais favorável possível.
Além disso, a liga ainda decidiu cobrar das rádios direitos de transmissão das partidas, prejudicando um serviço básico. A cobrança dificilmente melhoraria de forma significativa a vida dos clubes - a dos pequenos, claro.
A repercussão dos jogos da primeira rodada incluiu declarações fortes de dois presidentes: José Maria Del Nido, do Sevilla, e Fernando Roig, do Villarreal. Vale ler e refletir.
Del Nido
"Por Deus, há algum torcedor que não diga que a liga está prostituída, adulterada, corrompida? As receitas com o rádio são uma migalha que faz com que os grandes fiquem maiores e os outros menores".
"Nossa liga não é a maior porcaria da Europa, mas do mundo. É uma liga terceiromundista, na qual dois clubes tiram o dinheiro da televisão dos demais competidores".
"Eu gostaria de saber o número de telespectadores que continuaram no Zaragoza x Real Madrid aos 30 minutos do segundo tempo. Os patrocinadores deveriam ver isso. A Coca Cola não deveria pagar por um jogo em que o resultado está definido".
"Estamos desprestigiando a liga espanhola. A realidade é que, para seguir engordando a diferença entre os grandes e o resto, tomaram uma medida ruim: cobrar das rádios".
"Para os clubes, a quantia que se pede das rádios é insignificante. Por isso, é vergonhoso. O rádio é parte do espetáculo. O adulto ou a criança que ouve o jogo no rádio também faz parte disso. O futebol tem de viver com o rádio".
(fonte: EFE)
Roig
"Essa é a liga que vocês querem. Eu vendo jogadores para equilibrar meu orçamento, mas outros pedem crédito e conseguem".
"Se vocês querem uma liga de dois jogos, então serão apenas dois jogos, mas isso não é bom para o futebol. Dou três ou quatro anos: ou isso muda ou matamos o futebol espanhol".
"Tivemos ofertas por Rossi e Nilmar, mas as saídas deles enfraqueceriam o time. As diferenças econômicas levam a isso".
(fonte: Goal.com)
Por outro lado, vale a pena uma liga em que dois times são espetaculares e os demais não são capazes de fazer frente?
O Real Madrid goleou o Zaragoza por 6 a 0. Adversário fraco, resultado até certo ponto esperado. O que aconteceu nesta segunda, porém, chama a atenção.
O Barcelona tinha apenas dois defensores disponíveis para a partida (Abidal e Fontàs), escalou um 3-4-3 nunca testado em jogos oficiais, permitiu-se deixar Xavi e Villa no banco... e goleou por 5 a 0 o Villarreal, que, como os blaugranas, está na Champions League.
O abismo técnico e econômico entre os dois gigantes e o restante de La Liga contribui para minar rapidamente o interesse do torcedor - e, por que não dizer, dos outros 18 times envolvidos.
O colega Ubiratan Leal, neste texto publicado no Balípodo, expõe alguma das razões para o status quo: país em recessão, fuga de patrocinadores, queda brusca nas receitas.
Algo que só vale para os "mortais", já que Barcelona e Real Madrid desfrutam de suas históricas benesses na relação com o poder público, aumentando dívidas que são sempre equacionadas da forma mais favorável possível.
Além disso, a liga ainda decidiu cobrar das rádios direitos de transmissão das partidas, prejudicando um serviço básico. A cobrança dificilmente melhoraria de forma significativa a vida dos clubes - a dos pequenos, claro.
A repercussão dos jogos da primeira rodada incluiu declarações fortes de dois presidentes: José Maria Del Nido, do Sevilla, e Fernando Roig, do Villarreal. Vale ler e refletir.
Del Nido
"Por Deus, há algum torcedor que não diga que a liga está prostituída, adulterada, corrompida? As receitas com o rádio são uma migalha que faz com que os grandes fiquem maiores e os outros menores".
"Nossa liga não é a maior porcaria da Europa, mas do mundo. É uma liga terceiromundista, na qual dois clubes tiram o dinheiro da televisão dos demais competidores".
"Eu gostaria de saber o número de telespectadores que continuaram no Zaragoza x Real Madrid aos 30 minutos do segundo tempo. Os patrocinadores deveriam ver isso. A Coca Cola não deveria pagar por um jogo em que o resultado está definido".
"Estamos desprestigiando a liga espanhola. A realidade é que, para seguir engordando a diferença entre os grandes e o resto, tomaram uma medida ruim: cobrar das rádios".
"Para os clubes, a quantia que se pede das rádios é insignificante. Por isso, é vergonhoso. O rádio é parte do espetáculo. O adulto ou a criança que ouve o jogo no rádio também faz parte disso. O futebol tem de viver com o rádio".
(fonte: EFE)
Roig
"Essa é a liga que vocês querem. Eu vendo jogadores para equilibrar meu orçamento, mas outros pedem crédito e conseguem".
"Se vocês querem uma liga de dois jogos, então serão apenas dois jogos, mas isso não é bom para o futebol. Dou três ou quatro anos: ou isso muda ou matamos o futebol espanhol".
"Tivemos ofertas por Rossi e Nilmar, mas as saídas deles enfraqueceriam o time. As diferenças econômicas levam a isso".
(fonte: Goal.com)