sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A sustentabilidade entra em campo Os estádios que servirão de palco para a Série A em 2015 estão preparados? Confira a lista da casa de cada clube no Brasileirão

Estádio do Palmeiras é um bom exemplo de sustentabilidade no futebol brasileiro (Foto Arena)
Com o fim do Campeonato Brasileiro, já é possível saber o que vem por aí em 2015. Dos times que disputarão a Série A da competição, pelo menos dez jogarão em arenas novas. Algumas foram construídas ou reformadas para a Copa do Mundo - Arena da Baixada, Arena Corinthians, Mineirão, Maracanã, Beira-Rio, Arena Pernambuco. Outras fazem parte de projetos de modernização dos clubes, casos da Arena Grêmio e do Allianz Parque.
O novo estádio do Palmeiras, aliás, é o exemplo de construção pensada para coexistir com o meio ambiente sem agredi-lo. Toda a água utilizada no estádio é de reuso. A fachada metálica de aço inox não absorve calor e permite uma maior circulação de ar. A cobertura translúcida facilita a passagem da luz do sol, reduzindo o consumo de energia e possui também placas de captação de energia solar. Além disso, lixeiras para coleta seletiva de resíduos estão espalhadas por todos os setores da arena multiuso.
Na Arena da Baixada, casa do Atlético Paranaense, o manejo da água também existe, O estádio tem tanques de armazenagem e tratamento de água de chuva e as torneiras dos banheiros possuem temporizadores para evitar o desperdício. A iluminação da arena é com lâmpadas de led, para economizar energia.
No Mineirão, o destaque é a usina solar instalada sobre o estádio. De acordo com o governo de Minas Gerais, que administra o local, as placas produzem energia suficiente para abastecer 900 residências de médio porte. O estádio também conta com um reservatório de água de chuva de seis milhões de litros de água, que garante o próprio abastecimento por três meses.
Estádio novo é estádio sustentável?
São apenas alguns exemplos de obras e projetos sustentáveis, mas o título de "arena" não garante boas práticas de convivência com o meio ambiente. O estádio da Chapecoense, por exemplo, a Arena Condá, foi remodelado em 2008, mas não há projetos desse porte. Mesmo caso da Arena Joinville, feita em 2004.
No outro lado da balança estão construções antigas que lutam pra se adaptar. No Morumbi, por exemplo, os novos assentos foram feitos a partir de plástico de origem renovável, tendo como matéria-prima a cana-de-açúcar. A iluminação também é com lâmpadas de led para diminuir o consumo.
No Couto Pereira, estádio do Coritiba, um novo setor foi construído já de acordo com novas normas internacionais de sustentabilidade, com reuso de água e economia de energia. Além disso, o clube já organizou partidas "carbono zero", com o plantio de árvores para compensar a emissão de gás carbônico que há durante os jogos.
Hora de arrumar a casa 
Não adianta ter novos estádios se a mentalidade também não for renovada. Mais do que construir ou reformar para se adaptar às normas ambientais, é preciso divulgar e difundir uma cultura de sustentabilidade. E isso passa pelos torcedores. Cuidar do estádio é cuidar de um patrimônio que extrapola as fronteiras do clube. Cada vez que uma cadeira precisa ser substituída porque foi depredada, é mais plástico, mais material, mais desperdício. É o futuro que está em jogo. Que em 2015 todos ganhem.
Veja também:
Confira a lista completa dos estádios que estarão na Série A o Campeonato Brasileiro em 2015:
Atlético Mineiro - Independência
Atlético Paranaense - Arena da Baixada
Avaí - Ressacada
Chapecoense - Arena Condá
Corinthians - Arena Corinthians
Coritiba - Couto Pereira
Cruzeiro - Mineirão
Figueirense - Orlando Scarpelli
Flamengo - Maracanã
Fluminense - Maracanã
Goiás - Serra Dourada
Grêmio - Arena Grêmio 
Internacional - Beira Rio
Joinville - Arena Joinville
Palmeiras - Allianz Parque
Ponte Preta - Moisés Lucarelli
Santos - Vila Belmiro
São Paulo - Morumbi
Sport – Ilha do Retiro / Arena Pernambuco
Vasco – São Januário