DIVULGAÇÃO / FLUMINENSE
Fluminense e Coritiba ficaram no empate e não mudaram muito suas situações na tabela
Não foi dessa vez que o Fluminense encostou de vez na ponta do Campeonato Brasileiro. Após o tropeço do líder Cruzeiro, que empatou com o Criciúma, o Tricolor carioca até saiu na frente no Maracanã, mas sofreu o empate no fim de um bravo Coritiba, e segue na vice-liderança, a quatro pontos da equipe mineira.
Ciente do estilo de jogo do Fluminense, o técnico Celso Roth mandou a campo um Coritiba com marcação adiantada e muita compactação nas suas linhas de defesa. Basicamente, fez o Tricolor provar do seu próprio veneno.
A tática funcionou, e os donos da casa não se impuseram como nas duas últimas partidas, contra Goiás e América-RN. A cabeça de Elivélton, completando cobrança de escanteio de Rafael Sóbis, foi suficiente para colocar o Flu em vantagem no primeiro tempo. Mas um belo chute de Germano selou um empate justo na etapa final.
Se o Fluminense se mantém, por ora, em 2º, o Coritiba segue em maus lençóis, em 18º, com 12 pontos. A equipe paranaense pode até terminar a 14ª rodada na lanterna, caso Flamengo e Figueirense vençam Sport e Chapecoense, respectivamente, neste domingo.
No próximo domingo, o Coritiba recebe o Flamengo, às 16h (de Brasília), no Couto Pereira, enquanto o Flu faz seu segundo clássico regional deste Brasileiro contra o Botafogo, às 18h30, no Mané Garrincha.
Antes, na quarta-feira, o Tricolor carioca recebe o América-RN, pela Copa do Brasil. O jogo de ida, em Natal, terminou em vitória carioca por 3 a 0. O Coritiba também "vira a chave" para a competição de mata-mata, e visita o Paysandu. Os paranaenses venceram a primeira perna do confronto por 2 a 0, no Couto Pereira.
O jogo
De um lado, estava o vice-líder do Campeonato Brasileiro, disposto a vencer para ficar a apenas dois pontos do primeiro colocado. Do outro, uma equipe desesperada para deixar a zona de rebaixamento, que corria risco de terminar a rodada na lanterna em caso de revés.
Não foi o que pareceu quando a bola rolou. Com uma tática ousada de marcar a saída de bola do Fluminense dentro do seu próprio campo, o Coritiba dificultou muito o jogo dos donos da casa, e deixou claro que o jogo não seria como as vitórias tricolores sobre Goiás e América-RN.
A primeira escapada, no entanto, foi do Flu. Carlinhos fez ótima jogada pela esquerda e cruzou rasteiro. A bola chegou a Conca, livre no meio da grande área. Mas havia muita gente na frente do argentino, e a finalização parou na zaga do Coritiba.
O Tricolor, enfim, encontrava algum espaço para trabalhar a bola no campo de ataque. E logo chegou ao gol, de bola parada. Rafael Sóbis cobrou escanteio pela direita, na marca de 24 minutos, Elivélton subiu muito e cabeceou com violência para o fundo das redes. O zagueiro substituía o titular Henrique, machucado.
O Coritiba voltou à sua tática de marcação-pressão, e voltou a dificultar a vida do Flu após sofrer o gol. Mas as chances concretas, em meio a tanta luta e marcação, eram raras, e o time paranaense só assustou antes do intervalo com Robinho, que dominou rebote na área e finalizou para fora.
A ida para os vestiários não quebrou o ritmo do Coritiba, e o jogo reiniciou como terminara. Logo no início, o time visitante, que voltara a campo com Keirrison no lugar de Robinho, arriscou com Dener, e Cavalieri teve de operar bela defesa.
Inferior ao adversário no jogo, mas em vantagem no placar, o técnico Cristóvão Borges fechou o time com alterações por atacado: Edson entrou no lugar de Bruno, e Chiquinho, na vaga de Cícero. No primeiro tempo, Fabrício já substituíra Gum, lesionado. O capitão Fred, por sua vez, ficou no banco de reservas.
Mas o jogo seguia difícil. E o Coritiba, insistente, foi premiado com o empate em grande estilo, seis minutos após acertar a trave de Cavalieri. Aos 36, Germano pegou sobra na entrada da área e arriscou. Belo gol, e 1 a 1 no placar.
O Flu, só então, acordou, e forçou o goleiro Vanderlei a trabalhar. Mas não havia tempo para nova alteração no marcador, e ficou nisso: um empate com sabores diferentes. Para o Tricolor, a dupla amargura de ver a vitória escapar no fim e ainda perder uma chance de ouro de encostar no Cruzeiro. Para o Coritiba, a alegria pela boa atuação e pelo gol no fim, mas ainda desgosto por ver-se em situação tão complicada na tabela.
