domingo, 13 de julho de 2014

Diário alemão da Copa: Dia #38, chegou a hora

EPA/THOMAS EISENHUTH
Schweinsteiger é uma das armas da Alemanha na final
Schweinsteiger é uma das armas da Alemanha na final
Manuel Neuer, Philipp Lahm, Mats Hummels, Jérôme Boateng e Benedikt Höwedes; Bastian Schweinsteiger, Sami Kheditra e Toni Kroos; Mesut Özil, Thomas Mülles e Miroslav Klose.
Muito provavelmente esse será o time titular da Alemanha na final da Copa do Mundo de 2014, neste domingo, contra a Argentina no Maracanã. Terceira decisão entre essas duas seleções em Mundiais, algo inédito envolvendo quaisquer equipes.
A Alemanha é favorita. Na opinião deste jornalista, que acompanha de perto esse time há 38 dias, é o melhor da Copa. Tem o melhor conjunto, o melhor jogador e jogou o melhor futebol. Nada extraordinário, mas melhor.
Terá pela frente um adversário duríssimo com o maior jogador de todos na atualidade, Lionel Messi. Adversário que está vacinado pelo 7 a 1.
Os alemães terão mais posse de bola, vão propor o jogo. Enfrentarão um time que vai marcar de maneira bem compacta, com linhas próximas e buscando a recuperação de bola para a ligação rápida com o setor ofensivo. Messi, Higuaín, Lavezzi, talvez Agüero e Di María.
Lahm será muito acionado, o que para o bem da seleção alemã exigirá que Höwedes seja novamente um zagueiro pela esquerda e não um lateral-esquerdo. Boateng treinou normalmente, deve estar recuperado do problema na virilha.
Kroos, Schweinsteiger e Khedira vão rodar o tempo todo, trocando de posições e dificultando ao máximo a marcação adversária. Necessitarão atenção redobrada na recomposição defensiva, lenta em algumas partidas.
No ataque, Klose será a referência que também sai da área. Menos, é verdade, do que Müller, mas com movimentação também, enquanto o jogador do Bayern vai trocar de lado algumas vezes com Özil. O meia do Arsenal, por sua vez, vai deixar o lado de campo para atuar mais centralizado, como prefere, em diversos momentos.
Certamente três jogadores sairão do banco de reservas, assim como nas outras seis partidas alemãs neste Mundial. André Schürrle, Mario Götze, Lukas Podolski, Christoph Kramer, são muitas opções. E olha que Marco Reus, Ilkay Gündogan, Lars e Sven Bender ficaram de fora machucados...
A questão física, desta vez, está ao lado do time europeu. Não está um calor absurdo no Rio, temperatura bem mais amena do que as enfrentadas pelos alemães no Nordeste. Além disso, os jogadores estão com um dia a mais de descanso do que os argentinos, que ainda tiveram uma prorrogação pela frente nas semifinais.


É um time com muitas cicatrizes. Foram algumas decepções nos últimos anos, a injusta fama de amarelões. A mescla de gerações, agora, tem a chance do tetracampeonato. Está preparada para isso.