A CBF confia que uma liminar da 2a. Vara do Rio de Janeiro garantirá a tranquilidade da Série A no final de semana, diferente do que aconteceu na noite de sexta-feira, na Série B. A decisão liminar obriga que todos os jogos sejam disputados, exceto os que incluam a Portuguesa. "Há decisão judicial no Rio de Janeiro que determina que se cumpra a tabela onde a Lusa não está inserida", diz uma fonte ligada à CBF. É o que deve permitir o acontecimento de toda a rodada da Série A neste final de semana. É o que deve prevalecer também na partida Fluminense x Figueirense.
A decisão da 2a Vara do Rio de Janeiro indica que só um clube deve ter problemas para o prosseguimento do Brasileirão: a Portuguesa. Ela provavelmente terá de remarcar jogos da Série B, como o que a Justiça determinou que não acontecesse em Joinville. Aparentemente, a CBF se fingiu de morta e deixou a bomba explodir na partida da Lusa, porque a Série A não sofrerá danos. Pelo menos, em teoria -- na prática só é possível garantir depois do fim de semana. Se a Portuguesa fez questão de sustentar a briga até aqui, que tenha problemas para remarcar seus jogos e eventualmente corra o risco de perder pontos por acatar decisões da Justiça Comum.
É uma guerra fria.
Mas um erro a Portuguesa cometeu na noite da sexta-feira da Paixão. Ou assumia o risco e não entrava em campo, como queria seu diretor jurídico, ou entrava em campo e arcava com o ônus de sua decisão de disputar o Campeonato Brasileiro da Série B. A sexta-feira é santa, a Portuguesa, não. Entrou em campo como cordeirinha diante da decisão da CBF e saiu de campo como se nada tivesse a ver com o assunto. Mas ela própria não havia conseguido uma liminar que a incluía no Brasileirão, semana passada? Liminar depois cassada. A saída de campo aconteceu por determinação judicial liminar concedida a um torcedor da Portuguesa.
Os dirigentes da Lusa se omitiram. Comportaram-se como se nada tivessem a ver com a briga. Colocaram o time em campo como queria a CBF. Tiraram o time de campo como queria a decisão da Justiça de São Paulo.
Ora pois...