quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Zebra africana vira 'bicho-papão' e manda Galo refrescar a crista no deserto

A torcida aterrissou animada em Marrakech. "O Mundial eu vou vencer e as marias vou zoar quando voltar a BH" - entoou sem parar a galera do Galo.
Certamente um otimismo exagerado em termos de volta olímpica, já que o time mineiro teria de brigar pelo caneco com o poderoso Bayern de Munique antes de soltar o inédito grito de campeão do planeta.
Mas plenamente justificável nas semifinais porque a equipe estrearia contra um adversário bem inferior tecnicamente, o Raja Casablanca.
Só que Cuca, Ronaldinho Gaúcho & Cia. optaram por outro caminho. Um respeito excessivo ao time marroquino, ao contrário do Bayern de Munique contra o Guangzhou. Os alemães simplesmente atropelaram o time chinês.
Sem dó nem piedade, eles se impuseram como reis do pedaço. Nada de ‘uma estreia é sempre complicado' ou ‘não tem mais chinês no futebol' antes de a bola rolar.
Resultado: as chuteiras da humildade pesaram no comportamento do Galo e o sonho virou pesadelo. Em raros momentos o time justificou o título de campeão da América.
Pouco eficiente no ataque, nada criativo no meio de campo e com buracos na defesa, o pão de queijo queimou e o milagre se concretizou: Raja Casablanca, 3 a 1, com direito a uma forcinha do apito amigo, que marcou um pênalti inexistente quando o jogo estava 1 a 1, mas que não pode servir de desculpa para a péssima apresentação do Galo.
Pela segunda vez um time africano chega à decisão do Mundial de Clubes, repetindo o feito do Mazembe diante do Saci colorado, em 2010.
Aos torcedores atleticanos em Marrakech só resta arrumar a mala, voltar para casa e sonhar com as prestações da viagem.
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Calote corintiano. Um dos raros jogadores que se salvaram na medíocre campanha do ‘bando de loucos' no Brasileirão, o volante Ralf pretendia passar as festas de fim de ano com um belo banquete à disposição. Mas terá de puxar o freio de mão e trocar o champanhe pela tubaína: o clube lhe deve algo em torno de R$ 4 milhões, produto da compra de parte dos direitos federativos quando abriu mão de uma mudança para a Fiorentina, na janela de transferências do meio do ano. Merry Christmas!
Sugismundo Freud. Quem trabalha mais ganha menos, e quem trabalha menos ganha mais.
Capitão Gancho. A nau vascaína navega num tsunami financeiro, mas o capitão Dinamite mantém a pose: ofereceu R$ 150 mil por mês ao diretor executivo Rodrigo Caetano para voltar a trabalhar no porto de São Januário. No Fluminense, ele recebia mais de R$ 200 mil.
Dona Fifi. ‘Se existe uma pessoa democrática é o José Maria Marin.' Palavra de... Zé da Medalha. Fala sério!
Aleluia! Os anjinhos organizados pelo diabo proporcionaram mais um momento de felicidade ao Vasco. A Nissan decidiu retirar o time de campo após a selvageria em Joinville. O caixa do clube sofrerá uma modesta sangria de R$ 21 milhões com o rompimento do contrato de publicidade.
Twitface. De um coirmão rubro-negro: "Compre um chip do Fluminense e jamais sua ligação vai cair."
Gilete press. De Lauro Jardim, em ‘Veja': "Fred fez uma proposta altíssima para renovar com o Fluminense até 2018. O acordo atual vigora até 2015 e tem multa de R$ 30 milhões. Fred, que atualmente ganha R$ 900 mil, quer um salário de R$ 1,250 milhão. Mais: se ganhar a Copa, quer um reajuste que elevaria seus rendimentos a R$ 1,7 milhão. O Fluminense e a Unimed não querem aceitar a proposta de jeito nenhum." Ô coitado!
De chaleira. O atacante Maikon Leite recebeu proposta de US$ 120 mil mensais para trocar o Palmeiras por um clube mexicano ou sul-coreano. Viva o Papai Noel!
Tititi d'Aline. O esquema da Lusa já está armado. Se o clube voltar a perder no pleno do STJD, torcedores devem entrar com ações na Justiça comum e o Circo Brasileiro de Futebol vai dançar o vira. O maestro João Carlos Martins promete reger 'Aqui é uma casa portuguesa, com certeza'.
Você sabia que... o Mané Garrincha, em Brasília, é o terceiro estádio mais caro do mundo, atrás de Wembley e Emirates?
Bola de ouro. Handebol feminino. Após duas prorrogações, as meninas do Brasil passaram por cima da Hungria (33 a 31) no Mundial. Pela primeira vez a seleção avança às semifinais de um grande torneio internacional. Sempre morria no mata-mata das quartas.
Bola de latão. Espanha. Um eldorado fora das quatro linhas: suspeita de ligações de jogos organizados pela família Messi com lavagem de dinheiro de narcotraficantes; investigação sobre negócios entre governo e clubes; presidente de equipe renunciando após ser condenado à prisão; e acusação de que o bambambã do Barça, Sandro Rosell, embolsou parte da grana da contratação de Neymar.
Bola de lixo. Victor, Marcos Rocha, Luan, Leonardo Silva, Réver, Lucas Cândido, Alecsandro, Pierre, Josué, Leandro Donizete, Tardelli, Ronaldinho Gaúcho, Fernandinho, Jô e Cuca. Um papelão pra lá de Marrakech.
Bola sete. "Agora é esfriar a cabeça. Foi um ano maravilhoso, entramos para a história, mas é duro aceitar essa derrota" (de Ronaldinho, cercado por jogadores do Raja, brigando por uma chuteira do brasileiro - é, pode ser).
Dúvida pertinente. Atleticanos: feliz Natal?