quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Torcida Jovem do Flamengo: investigações da Polícia Civil mostram ligações com tráfico, drogas e milícia

Tráfico de drogas, uso de armas de fogo, exploração de máquinas caça-níquel, uso de dinheiro falso e atividades de milícia. São algumas das atividades da Torcida Jovem do Flamengo (TJF), segundo investigações da Polícia Civil do Rio. O caso, revelado pela ESPN em janeiro, também mostrou o envolvimento direto de dirigentes do Flamengo, à época, com os presos. 

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Em um dos depoimentos colhidos, um integrante da TJF afirma que a torcida contava com os serviços de um traficante exclusivo. E que o mesmo vendia de lança-perfume até cocaína ao grupo.
Reprodução
Trecho de depoimento de integrante da TJF, no qual ele afirma que a torcida contava com os serviços de um traficante exclusivo
Trecho de depoimento de integrante da TJF, no qual ele afirma que a torcida contava com os serviços de um traficante exclusivo
Em outro depoimento, um integrante do grupo dá detalhes da divisão de algumas tarefas dentro da organizada.
Macedo (Carlos Renato Silva Santos) presidente da Jovem Fla e "por diversas vezes já teria guardado armas" no interior de uma Kombi que servia à diretoria.
Corredor (Alexandre de Oliveira Medeiros), seria o contador do grupo.
Thiago Milícia (segundo a polícia, Thiago Bruno Mendonça): "braço armado da TJF e porta um revólver calibre 38 de cano longo"
Padrinho (segundo a polícia, Anderson Mendes da Silva) seria o responsável por fazer "o transporte de armas no interior do veículo", além de "portar uma pistola na cor preta".
Filipinho (Felipe Ventura dos Santos Silva, segundo o processo) seria o "linha de frente" no quesito "porradeiro".
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Trecho de depoimento de integrante da TJF, no qual ele cita as atividades criminosas de integrantes da torcida
Trecho de depoimento de integrante da TJF, no qual ele cita as atividades criminosas de integrantes da torcida
OUTROS TRECHOS
Veja abaixo, trecho de uma escuta telefônica feita entre os acusados:
Reprodução
Acima, trecho de uma escuta telefônica feita entre os acusados da Torcida Jovem do Flamengo
Acima, trecho de uma escuta telefônica feita entre os acusados da Torcida Jovem do Flamengo
Reprodução
Acima, outro trecho de uma das escutas telefônicas feita entre os acusados da Torcida Jovem do Flamengo
Acima, outro trecho de uma das escutas telefônicas feita entre os acusados da Torcida Jovem do Flamengo
As investigações foram feitas pela Divisão de Homicídios do Rio, no inquérito sobre a morte de Diego Martin Leal, torcedor do Vasco, em 2012. E embora o conteúdo relacionado ao tráfico e outros crimes, o grupo de 11 pessoas foi denunciado apenas por homicídio e formação de quadrilha.
O processo está em fase de julgamento, no II Tribunal do Júri. Os advogados dos réus citados nesta reportagem foram procurados, mas não atenderam as ligações.

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