Dante e Muller no banco, poupados. Nem entraram durante os 90 minutos da semifinal do Mundial Interclubes. Robben e Schweinsteiger sequer viajaram. Em campo, toque de bola sem pressa.
Ainda assim, o Bayern de Munique empurrou o Guangzhou Evergrande para o próprio campo com paciente troca de passes, avanço gradativo das linhas, movimentação e muito trabalho associativo. Intensidade apenas na marcação por pressão costumeira dos times de Pep Guardiola.
O técnico espanhol (ou catalão) adaptou o 4-3-3/4-1-4-1 avançando Thiago Alcântara para se alinhar a Gotze e Ribéry e comandar o meio-campo. Também bater com Zheng, o volante mais plantado do time chinês que tinha proposta clara: todos os jogadores marcando atrás da linha da bola e esperando a chance do contragolpe com Muriqui e Elkeson alternando pelos flancos e Conca centralizado. Para isso, Marcelo Lippi tirou o atacante Gao e efetivou Zhao como o volante-meia pela direita.
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Thiago Alcântara jogou mais avançado que o habitual e foi o articulador do Bayern de Munique na semifinal do Mundial.
O gol dos bávaros demorou a sair, mas os 2 a 0 no primeiro tempo foram incontestáveis: 11 finalizações, seis na direção da meta, contra nenhuma do campeão asiático. Ribéry foi às redes no chute cruzado que o goleiro Zeng aceitou. Depois a marcação na saída de bola fez efeito e Thiago colocou na cabeça de Mandzukic. Kroos e Thiago, o melhor em campo, ainda acertaram as traves.
Olho Tático
No 4-2-3-1 com Thiago Alcântara avançado, Bayern encurralou o Guangzhou que não conseguiu armar contragolpes com Elkeson, Conca e Muriqui.
No início do segundo tempo, pouco depois da primeira finalização do adversário com Muriqui, o gol de Gotze pulverizou qualquer chance de reação. Lippi tentara conter os avanços de Alaba com Rong na vaga de Huang atuando aberto à direita, Conca recuando no meio e Elkeson ficando no ataque. Depois arriscou tudo com Gao se juntando a Elkeson na frente. Inútil.
Guardiola trocou Kroos por Javi Martínez, mantendo o 4-2-3-1 muito semelhante ao dos tempos de Jupp Heynckes. Na prática, porém, as diferenças são nítidas. Ribéry arriscou ação individual pela esquerda e carimbou o travessão. Depois saiu poupado para a entrada de Shaqiri. Outra jogada trabalhada, Gotze bateu e Zeng espalmou na trave. Pizarro substituiu Mandzukic.
Olho Tático
Time chinês tentou atacar após as substituições de Lippi, mas o Bayern retomou o ritmo com as mudanças de Guardiola e manteve o domínio completo.
Os reservas aumentaram o ritmo e, mesmo sem gols, ajudaram a ampliar o massacre em finalizações para 27 a 2 - 13 a zero na direção da meta - e subir a posse de bola para 72%.
Cumprido o "protocolo", o campeão europeu aguarda o rival sul-americano. Falta o Atlético-MG fazer a sua parte.
