sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Sem Autuori, Botafogo deve efetivar Eduardo Húngaro, homem que revitalizou a base do clube

Eduardo Húngaro tem 50 anos, quase a quantidade de tempo vivido pelo Botafogo sem revelar grandes jogadores. De 2011 para cá, essa história mudou. Contratando jogadores com idade de divisões de base ou lançando revelações de General Severiano, o clube utilizou Gilberto, Dória, Vitinho, Gabriel, Gegê e Sassá. Todos crias das divisões de base.
Por isso, há meses o Botafogo prepara uma linha de formação de treinadores da base. No futuro próximo, o plano da diretoria não é contratar a peso de ouro, mas revelar também seus técnicos. O plano pode ser antecipado, porque a conversa para o retorno de Paulo Autuori não avançou. Eduardo Húngaro deve ser efetivado nas próximas horas. 
A ideia é boa, em teoria. No passado, o Botafogo já realizou histórias semelhantes. Zagallo assumiu o time e foi bicampeão carioca em 1967 e 1968 depois de começar a carreira de treinador nas divisões de base do Botafogo. Nenhuma outra vez o Botafogo foi tão feliz com um time de pratas-da-casa quanto em 1968, com Cao, Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Valtencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Roberto, Jairzinho e Paulo César.
A ideia se confirmará boa na prática apenas se Húngaro demonstrar mesmo estar pronto para o desafio. Impossível dizer isso neste momento sem conhecê-lo. A ideia também se confirmará boa se a diretoria bater no peito e tiver convicção do que está fazendo. Não vale mudar de ideia na primeira derrota.