Neste post você poderá recordar algumas notícias publicadas na imprensa esportiva entre 1999 e 2000. Elas resumem o episódio que provocou uma gigantesca virada de mesa naquele período e o surgimento da Copa João Havelange, o último campeonato brasileiro do século passado, que abrigou times de todas as divisões e descartou rebaixamentos ocorridos dentro de campo.
Reprodução/Folha de S. Paulo
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Aconteça o que acontecer no STJD na próxima segunda-feira, alguém recorrerá. Fluminense ou Portuguesa, o perdedor, aquele que for relegado no tribunal à segunda divisão, obviamente irá às últimas conseqüências. E sempre terá o argumento de que precisa ir à justiça para dar uma satisfação à própria torcida. Que em grande parte apoiará tal medida, naturalmente.
O grande imbróglio começou em 2 de novembro de 1999, quando o tribunal condenou o São Paulo pela escalação de Sandro Hiroshi nos 6 a 1 sobre o Botafogo. Mesmo depois de ser goleado dentro das quatro linhas, o time carioca ficou com os pontos daquele partida e o Gama, do Distrito Federal, foi rebaixado devido a isso. Após uma longa batalha na justiça. o Clube dos 13 definiu a criação de uma liga, sem o alviverde do Planalto Central. A CBF, por sua vez, se afastava da organização do campeonato.
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A Fifa entrou em cena, apertou o Gama e chegou a, em tese, ameaçar a CBF de suspensão caso o problema não fosse solucionado. Enquanto isso, o Clube dos 13 anunciava a Copa João Havelange, o Brasileirão de 2000, com 108 times, mas ainda sem o Gama.
Logo depois o time do Distrito Federal obteria uma liminar na justiça comum para disputar a primeira divisão. Clube dos 13 e CBF recorreramm, mas sem sucesso e o pequeno clube do DF ficaria na elite.A vitória do Gama na justiça não foi imediatamente digerida, pelo contrário. Até que as partes entraram em acordo e a primeira divisão ficou com 25 clubes.
Fluminense, Bahia e América Mineiro pegaram a carona do Gama e voltaram à elite na monstruosa Copa JH, que teve módulos indetificados por cores que classificavam diferentes números de times para sua fase decisiva. A mesa estava virada! Quem pode afirmar que não estamos diante de um remake? O cenário vai sendo preparado. Cuidado. A vítima, mais uma vez, poderá ser o torcedor e o futebol. Fiquemos de olho.
Reprodução/Folha de S. Paulo
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