sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Cuidado: nova virada de mesa monstro pode estar se desenhando no futebol brasileiro

Neste post você poderá recordar algumas notícias publicadas na imprensa esportiva entre 1999 e 2000. Elas resumem o episódio que provocou uma gigantesca virada de mesa naquele período e o surgimento da Copa João Havelange, o último campeonato brasileiro do século passado, que abrigou times de todas as divisões e descartou rebaixamentos ocorridos dentro de campo.
Reprodução/Folha de S. Paulo
Em 3 de novembro de 1999, São Paulo enfrentaria a Ponte Preta e defenderia pontos no tribunal
Em 3 de novembro de 1999, São Paulo enfrentaria a Ponte e se defenderia no tribunal
Reprodução/Folha de S. Paulo
A Folha de S. Paulo do dias 3 de novembro resumia toda a confusão ainda em seu início
A Folha de S. Paulo do dias 3 de novembro resumia toda a confusão ainda em seu início
Aconteça o que acontecer no STJD na próxima segunda-feira, alguém recorrerá. Fluminense ou Portuguesa, o perdedor, aquele que for relegado no tribunal à segunda divisão, obviamente irá às últimas conseqüências. E sempre terá o argumento de que precisa ir à justiça para dar uma satisfação à própria torcida. Que em grande parte apoiará tal medida, naturalmente.
O grande imbróglio começou em 2 de novembro de 1999, quando o tribunal condenou o São Paulo pela escalação de Sandro Hiroshi nos 6 a 1 sobre o Botafogo. Mesmo depois de ser goleado dentro das quatro linhas, o time carioca ficou com os pontos daquele partida e o Gama, do Distrito Federal, foi rebaixado devido a isso. Após uma longa batalha na justiça. o Clube dos 13 definiu a criação de uma liga, sem o alviverde do Planalto Central. A CBF, por sua vez, se afastava da organização do campeonato.
Reprodução/Folha de S. Paulo
Na edição de 15 de março de 2000, jornal registra vitória do Gama na justiça
Na edição de 15 de março de 2000, jornal registra vitória do Gama obtida na justiça
A Fifa entrou em cena, apertou o Gama e chegou a, em tese, ameaçar a CBF de suspensão caso o problema não fosse solucionado. Enquanto isso, o Clube dos 13 anunciava a Copa João Havelange, o Brasileirão de 2000, com 108 times, mas ainda sem o Gama.
Logo depois o time do Distrito Federal obteria uma liminar na justiça comum para disputar a primeira divisão. Clube dos 13 e CBF recorreramm, mas sem sucesso e o pequeno clube do DF ficaria na elite.A vitória do Gama na justiça não foi imediatamente digerida, pelo contrário. Até que as partes entraram em acordo e a primeira divisão ficou com 25 clubes.
Fluminense, Bahia e América Mineiro pegaram a carona do Gama e voltaram à elite na monstruosa Copa JH, que teve módulos indetificados por cores que classificavam diferentes números de times para sua fase decisiva. A mesa estava virada! Quem pode afirmar que não estamos diante de um remake? O cenário vai sendo preparado. Cuidado. A vítima, mais uma vez, poderá ser o torcedor e o futebol. Fiquemos de olho.
Reprodução/Folha de S. Paulo
No dia 30 de junho de 2000, a Fifa entrando em cena e endurecendo com o Gama, que não desistiu
Em 30 de junho de 2000, a Fifa entra em cena e endurece: Gama não desistiu
Reprodução/Folha de S. Paulo
Até que na edição de 21 de julho de 2000 é publicada matéria sobre a Copa João Havelange: Gama derrota a CBF
Em 21 de julho de 2000, a matéria sobre a Copa João Havelange: Gama derrota a CBF