segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O Cruzeiro absoluto que já pode celebrar e só espera a matemática

A superioridade de desempenho é tão abissal que a oscilação cruzeirense de três derrotas e uma vitória entre a 27ª e a 30ª rodada, comum a todos os times no equilibrado Brasileiro, foi tratada como um princípio de crise.
A conquista, porém, já está encaminhada desde os 3 a 0 sobre o Botafogo na 22ª rodada. Mesmo placar no que seria oficialmente o "jogo do título" contra o Grêmio. Não foi, pelo triunfo do Atlético-PR sobre o São Paulo pelos mesmos 3 a 0.
Mas é. E não soa arrogante nem oba-oba a comemoração antecipada no Mineirão lotado após a partida. O próprio duelo contra o terceiro colocado na tabela escancarou essa supremacia.
O time de Marcelo Oliveira, no 4-2-3-1 de sempre, só teve dificuldades no início para sair da típica marcação gremista fora de casa: 3-1-4-2 com Barcos e Kléber alternando no combate a Nilton, o volante mais plantado. Werley abrindo à direita pegando Dagoberto e deixando Rhodolfo e Bressan com Borges. Para Alex Telles bater com Ceará, Riveros fechar a diagonal de Everton Ribeiro e Ramiro cuidar de Lucas Silva. Souza marcava Ricardo Goulart e Pará batia com Egídio.
Olho Tático
Cruzeiro respondeu com mobilidade do 4-2-3-1 o encaixe da marcação gremista com Werley abrindo à direita e Barcos ou Kléber voltando com Nílton.
Cruzeiro respondeu com mobilidade do 4-2-3-1 o encaixe da marcação gremista com Werley abrindo à direita e Barcos ou Kléber voltando com Nílton.
A resposta cruzeirense foi com mobilidade e contundência, duas marcas da equipe ao longo do campeonato. Também muitas jogadas aéreas, com bola parada ou rolando. Em lance confuso, abriu o placar com Borges. Forçou pela esquerda com Egidio e Dagoberto, além do apoio de Lucas Silva.
Trumedia
Mapa de toques do Cruzeiro na partida: presença ofensiva mais efetiva pela esquerda.
Mapa de toques do Cruzeiro na partida: presença ofensiva mais efetiva pela esquerda.
A tarefa ficou menos complicada no segundo tempo pela indigência ofensiva do Grêmio, que não faz gol há cinco jogos - três pelo Brasileiro e os dois contra o Atlético-PR na Copa do Brasil. A equipe de Renato Portaluppi só especula e vive de lampejos de Barcos e Kléber ou dos cruzamentos de Pará e Alex Telles. Pouco, ou quase nada. Cenário que não se alterou com as entradas de Maxi Rodríguez e Yuri Mamute nas vagas de Riveros e do "Gladiador".
Se faltam ideias no lado gaúcho, sobram opções para Marcelo Oliveira. O treinador trocou Everton Ribeiro, Borges e Dagoberto por Willian (voltando de lesão), Julio Baptista - desta vez como centroavante, sem trocar com Ricardo Goulart - e Luan. Se perdeu em organização, ganhou a efetividade que construiu o placar confortável com os gols de Willian e Ricardo Goulart.
Olho Tático
Com as substituições, Cruzeiro ganhou contundência na frente; as mudanças de Renato não mudaram a indigência ofensiva do Grêmio.
Com as substituições, Cruzeiro ganhou contundência na frente; as substituições de Renato não mudaram a indigência ofensiva do Grêmio.
64% de posse de bola, 12 a 10 em finalizações, 23 a 17 em desarmes. Triunfo tão incontestável quanto o título que o Cruzeiro só espera a matemática para confirmar. Contagem regressiva...