segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Luxemburgo evita críticas, mas mostra mágoa com Siemsen e fala em 'erro' ao assumir o Flu



Divulgação/Fluminense
Luxemburgo foi demitido do Fluminense nesta segunda
Luxemburgo foi demitido do Fluminense nesta segunda
Demitido na tarde desta segunda-feira pela diretoria do Fluminense, Vanderlei Luxemburgo evitou críticas diretas à diretoria tricolor, mas demonstrou mágoa ao falar sobre o presidente Peter Siemsen. Em entrevista ao programa 'Bem Amigos, do canal Sportv, o treinador lembrou que antes de chegar às Laranjeiras, o mandatário tricolor havia dito que ele era torcedor do rival Flamengo.

Siemsen era favorável à demisssão de Luxemburgo há duas semanas, mas Celso Barros, presidente da patrocinadora Unimed-Rio, foi contra. Após reunião com os dirigentes, Luxemburgo teria recebido um voto de confiança para ficar no clube até o final na luta para fugir do rebaixamento no Brasileirão, mas não resistiu à derrota para o Corinthians no domingo.

"Pegar o Fluminense com o bonde andando foi um erro. O Celso de Barros sempre quis me contratar, chegou mais um amigo em comum, pediu para eu ficar até o final do ano, mas veio o presidente do clube, o Peter Siemsen, dizendo que não queria me contratar porque eu era rubro-negro. Nessa declaração, eu já não deveria ter ido. Depois, nós fizemos uma reunião, ele se explicou, disse que era torcedor, mas ficou essa declaração", revelou Luxemburgo, que completou.
"Eu não estava esperando a demissão. Tive uma véspera do jogo contra o Corinthians, fomos para Atibaia, e fizemos um planejamento parav seis jogos, não só para o jogo contra o Corinthians. O Peter (Siemsen) é um grande dirigente, com um pouco de emoção, mas está colocando o time em ordem, e tem eleição para presidente daqui a dez dias".
Desta forma, o treinador revelou que sempre esteve pressionado no comando do Fluminense, justamente por causa dessas divergências com a cúpula tricolor. Apesar de ter deixado as Laranjeiras, Luxemburgo voltou a reiterar sua confiança na permanência do Tricolor na Primeira Divisão.
Ainda nesta segunda-feira, o Fluminense agiu rapidamente e confirmou a chegada de Dorival Júnior. Para Luxemburgo, a missão do treinador não é tão complicada, pois o jogo de estreia será contra o Náutico, lanterna do Campeonato Brasileiro, sob o apoio da torcida em um Maracanã certamente lotado.

"Agora, criou-se um ambiente diferente e ele vai assumir, com todo respeito, em um jogo contra o Náutico, com a torcida do seu lado. Então, o Fluminense tem tudo para ficar na primeira divisão", ressaltou Luxemburgo, que também citou a determinação do elenco neste momento delicado na temporada.

Ressentido com a demissão na tarde desta segunda-feira, Vanderlei também questionou a postura das diretorias dos principais clubes brasileiros. Para o comandante, os principais treinadores do país não tiveram tempo para manter uma mesma filosofia de trabalho, o que demonstraria um despreparo dos cartolas.

"No ano passado, o Felipão foi mandado embora do Palmeiras. Esse ano foi o Luxemburgo, o Abel, o Paulo Autuori, o Muricy, o Mano, ou seja, todos os treinadores mais conceituados do Brasil. Está errado o técnico ou o conceito de futebol do Brasil? Só teve um dirigente que manteve um treinador e deu resultado: o Andrés. Onde parou? Foi campeão do mundo", questionou Luxemburgo.