O Flamengo decidiu que Jaime de Almeida será o técnico durante a campanha do Campeonato Brasileiro. Por quanto? Por quanto ele suportar. Pode ser um jogo, dois, o campeonato inteiro. Se o trabalha avançar, quem sabe até o ano que vem.
A explicação do vice-presidente de futebol, Wallim Vasconcelos, para manter Jaime faz sentido.
Pergunto: "A situação não é arriscada, por estar apenas dois pontos acima da zona de rebaixamento.
Wallim responde: "Você vive do futebol, está nessa vida há muito mais tempo. Se o Flamengo ganhar do Náutico e do Criciúma pula para cima de novo. Vamos lá para oitavo, mais ou menos."
Replico: "E o Jaime, nesse caso, pode ficar, digamos, até o ano que vem?"
Wallim responde: "A gente sabe como as coisas são. Futebol depende dos resultados? Se o Flamengo ganha do Náutico, depois vence o Botafogo... Não foi assim com o Andrade? Foi assim também com o Carlinhos em 1987 e 1992. O Jaime é o técnico."
De fato, há situações não só no Flamengo que avalizam esse pensamento. Mário Travaglini foi campeão paulista pelo Palmeiras em 1966 enquanto era interino. José Poy foi vice-campeão brasieliro pelo São Paulo, em 1971, partindo da função de técnico-interino. Carlinhos em 1987 assumiu o lugar de Antônio Lopes na segunda rodada e foi campeão brasileiro.
O Flamengo tem mesmo essa história. Se vai dar certo? Aguarde cenas dos próximos capítulos.