quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Lauro repete milagre contra o Fla, empata partida nos acréscimos e faz Lusa sorrir em Brasília

Assista ao gols do empate entre Flamengo e Portuguesa
Pareceu enredo de cinema. Último lance da partida. Bola na área. E Lauro repetiu um milagre. O goleiro da Lusa subiu mais que os defensores, testou a bola de cabeça e empatou o jogo diante do Flamengo aos 47 minutos do segundo tempo em Brasília. Em 4 de agosto de 2003, há exatos dez anos e três dias, ainda pela Ponte Preta, o goleiro marcou um gol contra o mesmo Flamengo, também no último lance. O placar foi o mesmo: 1 a 1. 
De início da partida,  o resultado não parecia que seria trágico para a equipe de Mano. Mais organizado no gramado do Estádio Mané Garrincha, o time comandava as ações. Marcelo Moreno, lesionado, deu lugar a Hernane. A estrutura tática não se modificou. Com Gabriel e Nixon avançados pelas pontas, o time continuava a girar em torno da vitalidade de Elias no meio de campo.
O Flamengo tentava as jogadas pelas laterais. Léo Moura iniciou bem, construindo jogadas pelo lado direito que resultavam em chances, como o chute de Nixon aos nove minutos, muito bem espalmado pelo goleiro Lauro, que deixava aí seu cartão de visitas. Acuada, a Portuguesa via em Cañete e Bruno Henrique as válvulas de escape. Bem fechada no meio de campo, com cinco jogadores, aguardava apenas o contra-ataque. Teve poucas chances na primeira etapa.
Os rubro-negros, pelo contrário, apertavam. Ainda que por vezes esbarrasse em limitações técnicas, não foram poucas as bolas cruzadas pela grande área, na frente de Hernane. A melhor chance no primeiro tempo, aliás, chegou com o avante.
No lance, ele se juntou em um lance só como o médico e monstro. Primeiro ao receber bola na grande área de Elias, aos 31 minutos, e driblar com categoria o goleiro Lauro. Mas com o gol vazio, à sua frente, o lado monstro falou mais alto e o chute mandou a bola com capricho para a linha de fundo. Parecia aquela sorte de goleiro. E era mesmo. 
No segundo tempo, a situação curiosamente se inverteu. O Flamengo, antes bem postado, se desorganizou. As jogadas não encaixavam. A saída rápida para o ataque, tampouco. A Portuguesa sentiu o momento e passou a apostar mais no ataque. O jogo ficou equilibrado. A arquibancada de Brasília, ainda que mais vazia do que em outras oportunidades, tensa.
Em rápida escapada pelo lado direito, Souza cruzou para a grande área. A bola passou à frente da zaga rubro-negra e acendeu a luz vermelha de Mano Menezes. Pouco efetivo, Nixon foi sacado e deu lugar para Paulinho. Mas foi a Portuguesa que voltou a assustar, em belo chute de Bruno Henrique aos 19 minutos para defesa ainda mais bela.
No contra-ataque, o Flamengo foi letal. Gabriel lançou Paulinho na esquerda, que, de primeira, tocou para Hernane na grande área. Antes de dominar, o camisa 9 foi atropelado por Ferdinando. Pênalti claro que João Paulo cobrou bem. 1 a 0 em Brasília. Alívio rubro-negro. Mas momentâneo. A vitória parecia no bolso, o time parecia pensar no Fla-Flu.
Não contavam, porém, com o novo milagre de Lauro. Aos 47 minutos do segundo tempo, escanteio para Lusa. Um filme passou na cabeça de Lauro. Ele foi à área. E repetiu o milagre. Cabeçada certeira, no canto esquerdo. Léo Moura ainda tocou na bola, mas não impediu que o enredo se repetisse. 1 a 1. Silêncio na arquibancada de Brasília. Lauro, mais uma vez, fez história. 
FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 1 X 1 PORTUGUESA
Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF)
Data: 7 de agosto de 2013
Horário: 21 horas
Árbitro: Cleisson Veloso Pereira (MG)
Assistentes: Fabiano da Silva Ramires (ES) e Cleriston Clay Barreto Rios (SE)
Cartões amarelos: Rogério, Bruno Henrique e Gilberto (POR) e Cáceres (FLA)
Cartão vermelho: Ferdinando (POR)
Gol: João Paulo (FLA), aos 22 minutos, e Lauro (POR), aos 47 minutos do segundo tempo.
Renda e público presente: R$ 694.060,00 / 12.511 torcedores
FLAMENGO: Felipe, Leonardo Moura, Wallace, González e João Paulo; Cáceres, Luiz Antônio, Elias e Gabriel (Adryan); Nixon (Paulinho) e Hernane (Samir)
Técnico: Mano Menezes
PORTUGUESA: Lauro, Luís Ricardo, Moisés Moura, Valdomiro e Rogério; Ferdinando, Bruno Henrique, Moisés (Jean Mota), Souza e Cañete (Bruno); Gilberto (Diogo)
Técnico: Guto Ferreira