segunda-feira, 29 de julho de 2013

Após saída de Abel, presidente do Flu pretende ter novo técnico até quarta: 'Momento de mudanças'

Divulgação/Fluminense
Peter Siemsen espera anunciar logo o novo técnico do time tricolor
Peter Siemsen espera anunciar logo o novo técnico do time tricolor
A diretoria do Fluminense confirmou a demissão do técnico Abel Braga, nesta segunda-feira, após cinco derrotas seguidas do time no Campeonato Brasileiro. Ainda sem citar nenhum nome para assumir o comando da equipe, o presidente Peter Siemsen afirmou que já houve conversas sobre o assunto e pretende anunciar o novo treinador até esta quarta-feira, para o jogo contra o Cruzeiro, no Maracanã.
"Quarta-feira temos um jogo, e a gente espera ter resolvido até lá. Mas se não tivermos, temos uma equipe técnica da base que pode assumir caso necessário. Mas a ideia é resolver rapidamente para termos um novo comandante na quarta-feira. Não garantimos (até quarta), mas a gente avançou nas nossas conversas e temos a possibilidade de ter as coisas rápidas", afirmou Siemsen, em entrevista coletiva, nas Laranjeiras.
Vanderlei Luxemburgo, que foi demitido do Grêmio há cerca de um mês, já teria até conversado com Celso Barros, presidente da Unimed-RIo, patocinadora do Flu, e é um dos cotados. Ney Franco também é um nome que agrada à diretoria. Questionado sobre a possibilidade de Luxemburgo assumir a equipe, Peter Siemsen desconversou.
"Nós não vamos discutir nome de nenhum treiandor aqui, é um discussão interna nossa. Nós não vamos dizer nem que sim e nem que não sobre nenhum nome", disse o presidente.
No duelo contra o Cruzeiro, na quarta-feira, o time vai ser dirigido por Marcos Valadares, técnico do time sub-17 do Tricolor.
Abel Braga foi mandado embora do Fluminense após dois anos e dois meses no comando, tendo conquistado o Campeonato Carioca e o Brasileiro de 2012 nesta sua segunda passagem pelo clube. No entanto, o treinador fracassou no objetivo de buscar o título da Libertadores e este ano vinha fazendo uma campanha ruim no Brasileirão. A equipe vem de cinco derrotas seguidas (Portuguesa, Botafogo, Internacional, Vasco e Grêmio) e está na 17ª colocação.
Peter Siemsen elogiou Abel, lamentou o final de uma longa relação, mas admitiu que este era o momento de mudanças. Na entrevista coletiva para o anúnico da demissão, o presidente do Flu estava ao lado do diretor executivo Rodrigo Caetano e do vice de futebol Sandro Lima.
"A gente vem comunicar que o Abel não vai continuar como técnico do Fluminense, com todo o carinho , com toda a relação que foi criada nesse período, como todo o sucesso desportivo que a gente teve em 2012 e em 2011.  Mas a gente vem caminhando de uma maneira que a gente entendeu que chegou o momento de promover uma mudança, trazer novos ares ao futebol do Fluminense. A gente fala até com certa emoção, pela relação que foi criada, a gente gosta das pessoas, mas chega um momento que as coisas não caminham como deveria. Nós temos que tomar uma decisão com frieza, independente da relação humana que foi criada", afirmoou Siemsen, que completou.
"A gente conversou ontem, hoje, e todo mundo entendeu era o momento. A conversa foi muito mais emotiva, pelos laços de carinho, de amizade que a gente criou. A separação está sendo o mais carinhosa possível, tudo está sendo feito de maneira muito respeitosa. A gente viveu momentos maravilhosos juntos e sofremos juntos agora, é parte do processo, temos que saber lidar com isso".
Após a entrevista da diretoria, Abel Braga também entrou na sala de imprensa das Laranjeiras e, visivelmente emocionado, fez um discurso de despedida e agradeceu ao todos no clube.
"Eu não estou deixando o Flumiense, eu fui demitido. Eu não deixaria um grupo fantástico em um momento como esse. Eu não poderia largar no momento que o time não está vencendo. Vou ser muito breve porque eu já me emoinei ao me despedir dos jogadores lá dentro. O convívio diário faz você viver determinadas situações, hoje eu vi que eu era mais querido por esse grupo do que eu pensava. Estou deixando o clube como o terceiro treinador que mais dirigiu essa equipe, mas deixo um pedaço de mim aqui. Foram 26 meses, coisa rara no futebol brasileiro, mas era a hora de mudar", afirmou Abel.