José Maria Marin: "Seria preferível que toda a atenção estivesse voltada exclusivamente para o futebol e acho que essa é a preocupação de grande parte do povo brasileiro".
Marco Polo Del Nero: "O povo brasileiro é tranquilo. E vai entender que a Copa é um evento mundial. Tem que falar para o povo coisas positivas do Brasil. Fazer a torcida gritar: Brasil, Brasil, Brasil".
Joseph Blatter: "Vocês vão ver que hoje, que é o terceiro dia de competição, isso vai se acalmar. Vai ser uma competição maravilhosa".
Jerôme Valcke: "Espero que não tenhamos críticas ao final da Copa. Tenho certeza de que não haverá críticas se o Brasil vencer a final. É impressionante como lembram da final de 1950. E como querem apagar aquela final".
Essas são as pessoas que cuidam da Copa das Confederações e cuidarão da Copa do Mundo.
As competições da Fifa não foram o estopim dos protestos, mas colaboraram e servem de vitrine.
São vitrines da indignação do povo brasileiro. Indignação que no estádio se transformou em vaias e se materializa em elefantes brancos.
Os vinte centavos são emblemáticos e devem servir de bandeira. Os problemas são maiores e todos conhecemos. Violência em alta, corrupção interminável, transporte público ruim, educação fraca, acesso pífio a saúde... Estádio não é prioridade.
Foi um dia histórico, é um momento histórico para o país. Todos que saíram nas ruas, tantos outros que mostraram sua insatisfação pelas redes sociais e milhões que sorriram ao verem as imagens pela televisão estão de parabéns. A maior parte pacífica. Nós formamos o povo brasileiro.
Toda imprensa que noticia, desde o início, os abusos da entidade que controla o futebol mundial está de parabéns. Ajudou a abrir os olhos de muitos.
Os políticos têm culpa. A Fifa tem culpa.
O esporte faz parte de tudo isso. Copa do Mundo é uma festa dos povos. O futebol faz parte da alma do brasileiro, que se viu roubado com o "Padrão Fifa". Padrão da politicagem.
Os protestos seguirão até que algo aconteça. A diminuição das passagens de ônibus, a redução do lucro da Fifa, a reprovação da PEC 37, a punição aos corruptos. Algo vai acontecer, e será apenas o começo. Tem que ser.
É uma revolução, e só não percebe quem não quer. A Revolução da Indignação.