Ao travar a saída de bola da defesa para o ataque, o Uruguai investiu na maior dificuldade do time de Felipão. E assim impediu a seleção brasileira de criar em boa parte do primeiro tempo.
Com um trio ofensivo muito bom, Oscar Tabárez enviou Luis Suárez e Cavani para os lados do campo. Forlán permaneceu centralizado para compor a primeira barreira, fortalecida por Cristian Rodriguez e Alvaro Pereira.
Compacto e ativo na marcação, o Uruguai dividiu a seleção ao meio.
As dificuldades têm feito a equipe evoluir. E aos poucos Felipão vai conhecendo melhor seus jogadores, vendo alguns deles inventarem saídas, como Paulinho, autor do lançamento para Neymar no gol de Fred e do gol da vitória.
A dificuldade do jogo também pode ser lida nos números. A posse de bola a favor do Brasil (64% a 36%) não mostra o pouco tempo de bola rolando. Foram apenas 45 minutos (29 a 16) de 90.
No segundo tempo faltou gás ao Uruguai. Com a desmobilização da marcação, o Brasil passou a chegar mais facilmente à área e venceu um confronto importante do ponto de vista psicológico, para a formação do caráter da equipe. 
David Luis equivoca-se ao assumir o posto de xerife da defesa brasileira. O caminho não é esse. E Thiago Silva, diante de sua enorme classe, precisa entender que até um jogador como ele pode e deve dar bicos na bola.
Tudo faz parte da construção de um time. a soma dos acertos e também dos erros contribuem na formação de uma identidade. O tempo é curto, mas vai dando certo. A missão de chegar bá final está cumprida.
Agora é outra conversa. Depende de quem vai passar do outro lado.
Estatística do jogo
Finalizações certas - 10 x 3
Faltas - 14 x 24
Escanteios - 9 x 8
Tempo de bola em jogo - 29 min x 16 min
Posse de bola - 64% x 36%
Fonte: Fifa