segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Placar do Brasileirão: Cristo Redentor 13 x 7 Avenida Paulista

A bola rola redondinha na Pauliceia desvairada, esburacada e abandonada. É merecedora de intermináveis aplausos.

Cantada em prosa, verso e ‘mute’, está levando um baile dos desorganizados representantes da Cidade Maravilhosa dos bueiros voadores.

Em 24 memoráveis encontros e desencontros ao longo de 27 rodadas do Brasileirão, o placar aponta uma goleada: Cristo Redentor 13 x 7 Avenida Paulista – aconteceram quatro empates.

Botafogo (3), Vasco (3), Fluminense (4) e Flamengo (3) marcaram para os cariocas.

Corinthians (4), São Paulo (1), Palmeiras (1) e Santos (1) descontaram para os paulistas, que não veem a cor do caneco desde 2009.

Primeiro, assistiram ao voo do urubu. Depois, a uma volta olímpica do Fluminense. Pobre futebol carioca!
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Pitacos da rodada1. O voo do urubu informa direto do Morumbazo: sai Fabuloso, entra Flabuloso – e não se fala mais nisso, mesmo porque Rogério Ceni evita uma catástrofe; Corinthians comemora pontinho em São Januário, mas poderia ser muito melhor se tivesse um pouco mais de talento; Catadão goiano coloca Botafogo na roda e liquida a fatura em 10 minutos.

Pitacos da rodada 2. Grêmio volta a sonhar com Libertadores; em jornada inspirada, Raposa completa oito jogos sem vencer e namora, mais que nunca, a zona do agrião queimado; Pobre Galo de bico quebrado: nem diante de uma carroça baleada consegue a vitória; Figueira x Coxa: que joguinho sem graça.

Pitacos da rodada 3. Furacão devasta Colorado e já vê uma luz no fim do túnel; Fluminense: a esperança dos guerreiros só morre depois do último escanteio – uma vitória incrível; Santos se acomoda e samba; Bahêa minha vida: que loucura – Avaí, velas acesas; Palmeiras de Felipão: não fala nem joga.

Sugismundo Freud. A cobiça e o veneno caminham juntos.

PAC 1. O ‘Plano de Aceleração da Copa-2014’ informa aos laboriosos e esfolados contribuintes alguns números da festa do sorteio das eliminatórias na Cidade Maravilhosa dos bueiros voadores. Apenas os gastos com o pessoal consumiram R$ 2,2 milhões dos R$ 15 milhões pagos pela prefeitura à Geo Eventos, empresa das Organizações Globo e Grupo RBS. De acordo com a dança dos reais revelada por Tiago Rogero, no ‘Estadão’, apenas um ‘supervisor de chegadas e partidas’ beliscou R$ 4 mil. Uma mixaria se comparado ao que ganhou o ‘diretor de TV/imprensa/jurídico’: R$ 162 mil.

PAC 2. No põe, tira, deixa ficar, o maior valor é o da locação da Marina da Glória, pouco mais de R$ 3,7 milhões. O cachê de artistas e apresentadores chegou a R$ 416 mil. Uma pechincha perto da cenografia, cerca de R$ 2,2 milhões. Já a locação de cada uma das 70 ‘cadeiras com braço’ engoliu R$ 204. Vale uma pequena lembrança: outros R$ 15 milhões foram pagos pelo governo estadual. A Copa é deles, a conta é nossa.

Twitface. Um dos xerifes do time, Durval quer aproveitar o vácuo das moedas por Neymar. Ele fatura R$ 80 mil por mês e pretende ganhar três vezes mais para continuar mandando e prendendo na Baixada Santista.

Tiro curto. O Flamengo colocou no mercado a miniatura de Ronaldinho Gaúcho por R$ 49,90. O lançamento foi muito bem recebido pelos coirmãos vascaínos. Um deles até prometeu comprar o mimo para o filho, se tirar nota ruim na escola ou fizer bagunça.

Gilete press. De Tutty Vasques, no ‘Estadão’: “Pela última avaliação dos fisioterapeutas do Corinthians, Adriano tem, basicamente, três desafios a vencer para recuperar a forma: readquirir estabilidade no tornozelo, força na panturrilha e 1 cm de perna esquerda. Ou seja, a barriga é o de menos!” Pano rápido.
             
Tititi d’Aline. O governo do Rio mexe as raquetes para sediar, por três anos, o World Tour Finals. O torneio reúne os oito melhores jogadores do ano. Thomas Bellucci pode estar na jogada... como juiz de cadeira.

Você sabia que... a plim-plim pretende vender por R$ 62 milhões cada cota de patrocínio da Fórmula 1 para a próxima temporada?

Bola de ouro. Dragão goiano. Mesmo com fogo brando (vários reservas), queima fácil Loco Abreu & Cia.

Bola de latão. São Paulo. É o queridinho dos cariocas: só leva ferro no Morumbi.

Bola de lixo. Palmeiras. Felipão decreta ‘lei da mordaça’, e a torcida, um minuto de silêncio para os periquitos em revista.

Bola sete. “Não vejo motivos para a torcida ter vergonha. Tem que aguentar a gozação e as chacotas dos rivais” (do ‘professor’ Felipão, após o 13° empate dos periquitos em revista – há controvérsias, e muitas).

Dúvida pertinente. Adilson Batista emplacará o Papai Noel no Tricolor?