terça-feira, 13 de setembro de 2011

Menos Seleção, menos...

Argentina x Brasil, quarta-feira, apenas com jogadores que atuam na Argentina e no Brasil. Dias depois, o 'jogo da volta', desta vez em território brasileiro. Muita gente sonhava com jogos deste tipo. Eu admito que não me empolgo. E por diversos motivos...

Seleção brasileira só com jogadores que atuam no país não é, hoje, seleção brasileira - seleção argentina só com jogadores domésticos então...

Seleção brasileira também joga demais. Não em termos de qualidade, claro. Em termos de quantidade. É muito jogo: amistoso, torneio, campeonato...

É muito jogo e pouco resultado. E isso no sentido figurado. Não estou falando aqui de vitórias, empates ou derrotas do time de Mano Menezes. Estou falando da utilidade prática de tantas partidas. Contra os argentinos, Mano utilizará um time "fake", com alguns jogadores que jamais vestirão novamente a camisa amarelinha. Serve no máximo para algumas observações e, em caso de vitórias, para solidificar o treinador no cargo.

Outra coisa que fica clara para mim: os jogos contra a Argentina, por exemplo, foram estrategicamente agendados para preenchimento de grade de emissora de televisão que não tem nestas semanas jogos pelo Campeonato Brasileiro ou Copa Sul-Americana para exibir na quarta-feira depois da novela.

Por fim. Os confrontos com os argentinos prejudicam o Campeonato Brasileiro, que começa a viver seu período mais importante. Prejudicam, sobretudo, os já abandonados clubes brasileiros. Na única semana de intervalo, de preparação para a rodada do campeonato nacional... pronto: tem seleção na parada.

Os jogadores voltam no bagaço ou machucados. Os treinadores não têm tempo para trabalhar. Jogo de seleção dá raiva. Copa do Mundo, Copa América e olhe lá. No máximo.

Me coloco no papel de torcedor do Santos. Neymar jogou Sul-Americano Sub-20, Copa América, todos os jogos da seleção de Mano Menezes... A chance de o menino chegar estourado no Mundial de Clubes no fim do ano (torneio mais importante para o clube desde os tempos de Pelé) é considerável.

Por tudo isso, menos seleção, menos! Sempre fui mais clube do que seleção. Hoje, sou muito mais. E você?