terça-feira, 13 de setembro de 2011

Brasil x Argentina: jogo escancara disparidade econômica entre rivais

Ramón Díaz é o novo técnico do Independiente, considerado um dos cinco "grandes" do futebol argentino, "Rey de Copas", maior campeão da Libertadores, com sete taças, e atual detentor da Sul-americana. Vai embolsar mensalmente algo em torno de R$ 93 mil. Salário bem inferior aos que recebem os principais treinadores em ação na Série A brasileira. Um pequeno exemplo do quão distantes econômicamente estão os clubes daqui e de lá.

Já o River Plate, com patrocínio principal da Petrobras em sua camisa, recebe da estatal brasileira aproximadamente R$ 335 mil por mês. Quantia irrisória, ridícula até, se confrontada com as cifras que envolvem os acordos publicitários assinados por clubes brasileiros equivalentes aos "Milionários". Detalhe: esse contrato não tem qualquer relação com o fato de o River estar na segunda divisão, pois foi assinado em 2010, antes do rebaixamento.

A lista de convocados por Alejandro Sabella para o primeiro duelo com o Brasil é bem mais modesta do que a de Mano Menezes, que conta com um ex-melhor do mundo, Ronaldinho Gaúcho, e jogadores jovens mais do que promissores, como Lucas, Neymar e Leandro Damião. Se o técnico da CBF chamou dez atletas que atuam no país em sua convocação anterior, o argentino relacionou apenas gente que atua no exterior. São realidades distintas. O Brasil é favorito.


Ramón Díaz, quando treinava o River Plate: menos de R$ 100 mil mensais no Independiente
Ramón Díaz, quando treinava o River Plate: menos de R$ 100 mil mensais no comando do Independiente