sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Que tal enfrentar a Lapônia?

Depois dos retumbantes fracassos na Copa América – jamais vou esquecer aqueles quatro pênaltis perdidos – e das derrotas para a Argentina (gol de Messi) e Alemanha, em Stuttgart (3 a 2) – e outros resultados ruins, a CBF decidiu baixar a bola e marcar jogos contra as ‘poderosas’ equipes do Gabão, Costa Rica e Egito, todos três mal colocados no ranking da FIFA. É verdade que ainda há partidas contra a Argentina (lembram-se da falecida Copa Roca?), Suíça ou Inglaterra. Em poucas e resumidas palavras, a outrora poderosa Seleção Brasileira – pentacampeã mundial – parece uma nau sem rumo na preparação para a Copa do Mundo de 2014. Infelizmente, para elevar o moral do time, não haverá datas para confrontos contra a Lapônia, Burundi ou Islândia, países que são donos de um futebol ‘fortíssimo’.

O que me parece rigorosamente correto é que a geração de jogadores brasileiros é fraca, muito fraca, e Mano Menezes nem mesmo a reforça com a bola que Ronaldinho Gaúcho está jogando no Flamengo. Do jeito que as coisas vão, de que adiantarão as obras que estão sendo feitas para 2014? Tenho receio – fundado receio – de que protagonizaremos o mesmo fracasso de 1950, embora, naquela época, o Brasil contasse com craques de sobra. E sobraram craques de verdade em 1958, 1962, 1970, 1974 e 2002, para não falar na Seleção Brasileira de 1982, dirigida por Telê Santana.

E hoje, o que temos?

Cheguei a me enganar num pouco quando o Brasil, no tapete verde de Stuttgart, chegou a mandar no jogo contra a Alemanha. Mas o pênalti cometido por Lúcio (pênalti claríssimo, por sinal) colocou um ponto final na exibição que parecia acontecer. Daí em diante, estivemos mal e ainda permitimos o terceiro gol da Alemanha numa falha gritante dentro de nossa própria área. Está certo que estamos treinando pouco e que a Alemanha já vinha treinando. Mas a verdade é o futebol brasileiro de hoje já não mete medo a ninguém – nem à Alemanha que era nossa freguesa de caderno, até mesmo em final de Copa do mundo como ocorreu em 2002.

Do jeito que as coisas vão, a FIFA vai rebaixar o Brasil em seu ranking, coisa rara para um país como o nosso. E admito que não vou mais perder meu tempo com essa Seleção Brasileira, integrada por jogadores milionários e que não demonstram o menor espírito de luta. Ou Ricardo Teixeira toma uma providência, ou sofreremos em 2014 a decepção medonha de uma nova derrota em casa.
Faz tempo que não me decepciono tanto com um Brasil tão bisonho...