O time rubro-negro fez um de seus melhores jogos em 2011, se não o melhor. Foram 26 finalizações contra 12 do campeão cearense, 61% de posse de bola no primeiro tempo e 56% ao final da peleja, várias conclusões que forçaram o goleiro Fernando Henrique a realizar dez defesas.
Ficou a sensação de evolução do time, que se complicou ao perder no Rio em partida que, apesar dos 2 a 1 para o Ceará, registrou 27 arremates do Flamengo, ou seja, o time carioca criou em ambos os jogos. Foram, ao todo, 53 finalizações contra 23. Segue o problema da má pontaria.
Quanto ao Ceará, trata-se de uma equipe experiente, mas envelhecida. O time que entrou em campo no estádio Presidente Vagas apresentava 30,3 anos como média de idade, com sete atletas de 29 anos ou mais e dois com 37. O cansaço era evidente no segundo tempo.
Mesmo com o campeão cearense atuando com um homem a mais desde o final da primeira etapa, quando Sandro Meira Ricci expulsou absurdamente Ronaldo Angelim. A classificação foi alcançada graças ao bom desempenho no Engenhão e à resistência defensiva do time no PV.
No entanto, esse Ceará que avança na Copa do Brasil parece ter um certo "jeito" de Vitória 2010. No ano passado, os baianos foram à decisão do certame, quando perderam o título para o Santos. Mas no fim da temporada caíram para a segunda divisão. O Ceará precisa se renovar urgentemente.
Uma coisa é avançar em uma Copa, é assim no mundo todo, como na Inglaterra, onde o Birmingham ganhou do Arsenal na decisão da Carling Cup e hoje luta para não cair na Premier League. Outra é resistir firme em campeonato de pontos corridos. Fica o alerta ao Vozão.
Veja a análise de Mauro Cezar Pereira!
