segunda-feira, 28 de março de 2011

Rogério Ceni dá aquela força ao brilhante centenário corintiano

Se realmente a folhinha corintiana marcar o término da festa dos 100 anos para 31 de agosto, como apregoa o fofo Ronaldo, sob a bênção do presidente da nova-velha diretoria, o gentleman Andrés Sanchez, a Fiel finalmente pode comemorar a chegada da cereja do bolo.

O centenário não passará mais em branco. Os coirmãos terão de jogar no lixo a salutar pecha do sem ter nada, do ‘toliminado’.

Os 100 anos certamente serão lembrados para todo e sempre, incluídos até no livro dos recordes: o Corinthians abrigou, orgulhosamente, o centésimo gol do amigo de fé são-paulino Rogério Ceni. E com direito à quebra de um tabu.

Uma freguesia de quatro anos e 11 contas a pagar que começou a mudar de mãos e chuteiras assim que a bola rolou na Arena Barueri.

Até quem tem pouca intimidade com o esporte e se liga mais no críquete pôde perceber que havia no ar algo diferente, que o clássico iria dar o que falar.

O São Paulo pintou em campo com uma vontade incrível, como se estivesse decidindo um título. Em dúvida, bola para o mato que o jogo é de campeonato. E vigilância mais que dobrada em Liedson, uma pobre andorinha perdida entre pitbulls esfomeados por uma vitória.

Já o Corinthians lembrou galã contratado para dar as caras em baile de debutante: muita maquiagem para ficar bonitinho, fazer jus ao cachê. E dançou a valsa em ritmo de maxixe. Sem lenço e sem documento.
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Pica-Pau. O Corinthians é daqueles clubes que fazem questão de enaltecer as qualidades do adversário, independentemente do resultado. Pouco depois da quebra do tabu de quatro anos, o site da equipe da Fazendinha postou rasgados elogios ao Tricolor. Primeiro, classificou como ‘zebra’ o resultado em Barueri. Depois, ‘roubou’ gols de Rogério Ceni. Lembrou que a mamãe Fifa reconhece apenas 98. Traduzindo: prosopopeia flácida para acalentar bovino – mais conhecido como conversa para boi dormir.

Twitter. Se o Tricolor estivesse perdendo por 2 a 0 ou 3 a 0, Rogério Ceni havia prometido não bater pênalti ou falta. Guardaria o centésimo para outra freguesia.

Pai Jeová. Apesar de o técnico Mano Menezes insistir na renovação da equipe, com a escalação de 50% dos anões de Dunga que fracassaram no safári da África do Sul, os vovôs é que continuam dando as cartas na seleção. Neymar, com dois gols, e Lucas ‘Marcelinho’, em poucos minutos, arrebentaram no treino contra os escoceses, acabando com um jejum de dois jogos sem vitória. Só falta Ganso na lagoa. Que venha a laranja holandesa. Mas nada de blablablá de revanche, porque Copa é Copa e pebolim é totó.

Sugismundo Freud. Brasil: reformatar ou aeroporto.

Tico e Teco. E o ‘pofexô’ Vanderlei Luxemburgo, hein? O ‘mestre dos mestres’ começou a viver uma bela lua de mel com a torcida por ter vetado a contratação de Adriano, o Imperador. Cartazes tipo ‘fora Luxa’ e ‘Adriano=hexa e Luxa?” passaram a frequentar o coração do técnico. Entre uma batida e outra, os agradecimentos, após o empate em 3 a 3 com o Madureira: “Sobre o Adriano, tem gente que é favorável porque tem interesse político. Atrás do banco tinha meia dúzia de pessoas que deve ter levado uma graninha para perturbar.” A conferir.

Facebook. O Bahia estava tão fechado, mas tão fechado com o Clube dos 13, que se abriu para a Globo.

Olha a xepa. O goleiro Fábio Costa está preocupadíssimo com a alta da abobrinha e do repolho. Tanto que só vai à feira depois do meio-dia, quando os preços caem pela metade. Desde fevereiro, ele curte férias remuneradas na cobertura que possui na Baixada Santista. O Galo contribui com a poupança do jogador em mais de R$ 200 mil mensais. Tentou devolvê-lo ao Santos antes de terminar seu empréstimo, mas não obteve êxito. E Fábio Costa já decidiu: prefere xepa a clube da segundona no Brasileirão/2011.

Gilete press. Do blogueiro Ricardo Perrone, no ‘Uol’: “O São Paulo usa atualmente os serviços de um psiquiatra. Ele é acionado quando a psicóloga do clube julga que algum jogador precisa de sua ajuda. É uma herança da passagem de Adriano pelo Morumbi (...) No Corinthians, Adriano pelo menos não terá problemas para frequentar alguns ambientes. Andrés Sanchez e outros dirigentes gostam de sair com boleiros.” E vai rolar a festa.

DataLetra. Onze de cada 10 jogadores aplaudem com efusivas vaias o horário das 21 horas de sábado para jogos do Brasileirão. Zorra total.

Tititi d’Aline. A elegância demonstrada pelo árbitro Guilherme Ceretta de Lima no clássico paulista tem explicação. Nas horas vagas, ele é modelo. Posa para fotos de catálogos e sobe na passarela.

Você sabia que... o Internacional só admite negociar Leandro Damião por mais de R$ 45 milhões?

Pombo-correio. “Por que o Santos não troca o Ganso pelo Robinho, já que ele quer ir para o Milan?” – do internauta Flávio Alonso de Oliveira. Há controvérsias.

Bola de ouro. Rogério Ceni. Simplesmente fantástico. Tem muito atacante que não chega nem à metade dos 100 gols do são-paulino. A lamentar: o palco da façanha (merecia o Morumbi) e o público (pouco mais de 17 mil pagantes).

Bola de latão. Dentinho. Resolveu colaborar decisivamente com a festa de Rogério Ceni. Sem mais nem menos, pimba no bilau de Rodrigo Souto. Merece uma multa exemplar.

Bola de lixo. Lourival Libaneo. Ganhou um ótimo prêmio da confederação de atletismo: dois anos de gancho por doping.

Bola sete. "Foi como tinha de ser, de falta, um gol que decidiu um jogo importante. Dedico para as minhas filhas, que são os tesouros da minha vida, para o meu pai e, principalmente, para a nação são-paulina, para a entidade São Paulo, que luta contra tanta coisa ruim no futebol [Globo e CBF]” (do goleiro-artilheiro Rogério Ceni – no alvo).

Dúvida pertinente. Por quanto tempo Júlio César sonhará com Rogério Ceni?

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jose.r.malia@espn.com