segunda-feira, 28 de março de 2011

Rogério Cem

ESQUEÇA O CLÁSSICO. Não vai ficar na história a chance de o Corinthians igualar sua maior série sem derrotas para o São Paulo. E você também não vai se lembrar que o São Paulo venceu escalado com duas linhas de quatro, um 4-4-2 à inglesa, nem do mapa tático da partida (veja ilustração).
O detalhe tático de Carpegiani ter mudado o time para um 4-5-1 no segundo tempo teve uma única importância: Fernandinho passou a incomodar Alessandro. E foi justamente em seu setor que Ralf, na cobertura, fez, no atacante tricolor, a falta histórica.
Eram 17h19 quando Rogério saiu de sua grande área, com a torcida atrás do gol de Júlio César ansiosa.
Rogério nunca havia feito gol de falta no Corinthians.
O futebol nunca havia visto um goleiro como Rogério.
Dane-se o incômodo por ser mais lembrado pelos gols que marca do que pelas defesas que faz. Desta vez, nem Rogério vai se lembrar que, a 1min do segundo tempo, espalmou para escanteio um toque de Jorge Henrique que empataria o jogo.
Tirando esse lance, o segundo tempo era são-paulino, porque Carpegiani bloqueou o caminho mais direto do Corinthians para a área de Rogério. Fechou a subida de Alessandro, que fez falta em Dagoberto e mereceu cartão vermelho.
Carpegiani montou bem seu time. O primeiro tempo de vantagem são-paulina, apesar de a aproximação com o ataque se dar com os volantes, só funcionou quando a bola caiu no pé direito de Dagoberto, em vez de Jean e Rodrigo Souto. E quando o chute de fora da área não foi de Dagoberto, mas de Rogério Ceni.
Rogério já é o 18º goleador da história do São Paulo, empatado com Renato, campeão em 1980 e 1981. Rogério é lenda!
...e, com mais seis gols, empata com Friedenreich!

À PROCURA DO 10
Jadson começou a partida contra a Escócia muito aberto pela direita, como Renato Augusto contra a França. À medida em que centralizou o jogo, o Brasil melhorou. Mas só ficou bom mesmo quando Neymar começou a brilhar. À espera da Copa América, o Brasil também espera por Ganso ou Robinho, para a armação. E por Pato. Na Argentina, o centroavante não será Leandro Damião, apesar dos bons momentos na estreia.