quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Copa do Brasil não é só um "atalho" para chegar à próxima Libertadores

Claro que a Copa do Brasil, criada já na (longuísima) administração de Ricardo Teixeira, vem sendo maltratada pela própria CBF com a não participação dos times que estão na Libertadores, justamente os melhores da temporada anterior. O ideal seria que todos a disputassem, e que o torneio fosse mais longo, em meios de semana até meados ou final de novembro. Infelizmente não é assim.

Mas apesar da ausência de equipes de peso, o torneio é o segundo mais importante do país, um título de âmbito nacional que só fica atrás da Série A do Campeonato Brasileiro. Ganhar a Copa do Brasil significa dar a volta olímpica após levantar uma taça, dá chance à torcida de gritar “é campeão”. É muito mais do que a classificação para outro torneio. A vaga na Libertadores é, digamos, um bônus.

Hoje jogam pela Copa do Brasil Vasco, Palmeiras, Botafogo Atlético Mineiro, Coritiba, Bahia, todos times de grandes torcidas e que não ganham um título maior do que um Estadual há pelo menos mais de uma década (e aí “segundona” não conta). Clubes que já ganharam o Campeonato Brasileiro da Série A. Se um deles, por exemplo, faturar a Copa do Brasil, seus torcedores comemorarão a taça, não uma vaga na Libertadores.

Capa do jornal gaúcho Zero Hora no dia seguinte após os 2 a 1 do Grêmio sobre o Sport
Capa do jornal gaúcho Zero Hora no dia seguinte após os 2 a 1 do Grêmio sobre o Sport, decisão da primeira Copa do Brasil, em 1989, gols de dois personagens que ainda estão na midia, não mais como jogadores, é claro: Assis e Cuca. Observe que a manchete, já naquela época, não destacava a vaga na Libertadores, mas o título tricolor: uma taça sempre é o que pesa mais