O grupo se chamava "El Elefant Blau" e provocou a destituição do presidente Josep Luis Nuñez, do Barcelona, em 2000. Em 1998, a facção política tinha Joan Laporta como líder, mas contava discretamente com seu amigo fiel de então, Sandro Rossell.
Liderou um abaixo assinado contra o presidente Josep Luis Nuñez, presidente desde 1978. O abaixo-assinado tornou-se referendo, que manteve Nuñez no cargo, mas aumentou a pressão até que o presidente renunciasse no início de 2000.
As cobranças de Laporta ampliaram a pressão contra Sandro Rossell, desta vez seu inimigo. Colocou um elefante, desta vez bem vermelho, na sala do atual presidente que deve renunciar ao cargo na noite desta quinta-feira.
Até o diário El Mundo Deportivo, discretíssimo na cobertura da crise do Barça, já dá como certa a renúncia. Rossell não resiste, porque não consegue dar explicações sobre a diferença entre os 57 milhões de euros que alega ter pago por Neymar, os 17 milhões de euros que o Santos alega ter recebido e os 95 milhões de euros que a transferência movimentou segundo o Ministério Público espanhol.
Batom na cueca!
O elefante azul-e-grená é imenso e pode sobrar para Neymar. A partir de agora, o craque brasileiro precisará de frieza para jogar futebol apenas. E deixar para seu pai as explicações sobre quem e como recebeu os 40 milhões de euros de diferença.
Não que Neymar não tenha nada a ver com isso. Se a empresa é dele e do pai, ele também deve explicações. Mas ao que parece seu pai precisa falar mais do que o filho.
Sandro Rossell provavelmente não estará por perto. Talvez esteja em Boca Ratón, na Flórida.