terça-feira, 29 de outubro de 2013

Torcida organizada parece ter mais noção da realidade palmeirense do que a maioria

Vaias e cânticos de protesto vieram das arquibancadas do Pacaembu após o melancólico empate sem gols com o São Caetano que confirmou a volta do Palmeiras à Série A. "Não é mole não, segunda divisão não é mais que obrigação", entoaram os que fazem parte ou estavam próximos da Mancha (Alvi) Verde. Absolutamente pertinente.
O orçamento palmeirense é muito superior aos dos demais clubes da Série B e a volta à primeirona era mesmo uma formalidade. A subida, alcançada de forma protocolar num 0 a 0 contra um dos piores times da segunda divisão, e próximo da terceira, foi um alerta. E não pode-se dizer que trata-se do primeiro, afinal, a temporada deu outras claras advertências.
A forma como o Palmeiras caiu na Copa do Brasil, atropelado pelo Atlético Paranaense, já serviu como sinal vermelho para conter os otimistas exagerados. Nessas horas a falta de espírito crítico é um perigo e a cobrança da organizada, independentemente de eventuais interesses políticos que ela possa ter, apesar de atitudes a manifestações condenáveis no passado, foi correta e oportuna.
Melhor cobrar e demonstrar que a realidade atual da equipe não satisfaz do que entrar na folia festejando o óbvio para cair do cavalo em alguns meses. Sim, porque para um clube do tamanho do Palmeiras, superar seus rivais na segunda divisão, realmente, não é mais do que uma mera obrigação.
Clima de festa palmeirense termina com cobrança da torcida e discussão nas arquibancadas: é preciso encarar os fatos