Ainda bem - para os times do Rio - que o Botafogo venceu o Atlético Mineiro, e o Grêmio perdeu para o Coritiba. Com isso as coisas melhoraram para o futebol carioca neste 2013 tão diferente do 2012. Ah, sim, ainda há o Flamengo na Copa do Brasil, com chances de tornar menos negativo um ano em que só o Botafogo, assim mesmo com impressionante irregularidade, disse ao que veio: lutar por honroso vice.
Se compararmos o desempenho dos times por estados, veremos que os do Rio e São Paulo, outrora as maiores forças do nosso futebol, vêm tendo os desempenhos mais decepcionantes no Campeonato Brasileiro. É verdade que o fato de o Botafogo estar lá em cima e o Fluminense lá embaixo pode ser comparado ao do Paraná (Atlético bem, Coritiba não) e ao da Bahia (Vitória caminhando, Bahia nem tanto). Ou, menos, ao do Rio Grande do Sul, onde o Grêmio, com irregularidade tão impressionante quanto a do Botafogo, ainda se mantem no G-4, ao passo que o Internacional, que prometia tanto, vem bem mais atrás. Mas nada se compara com Minas, onde o Cruzeiro só não comemora o título por respeito aos demais e onde o Atlético, se não repete suas atuações na Libertadores, pelo menos está à altura do representante brasileiro no próximo Mundial de Clubes.
Portanto, quando até o solitário Goiás cumpre admiravelmente o seu papel, o que não ocorre com o Criciúma, muito menos com o Náutico, são de paulistas e cariocas as campanhas mais desapontadores. Ponte Preta à parte, creio que o rebaixamento já não ameaça tanto a turma de São Paulo. Já com os quatro representantes do Rio, o final de temporada é de meter medo.
Do Botafogo. já falamos. Ao Flamengo, ainda resta esperar as semifinais da Copa do Brasil. Já Vasco e Fluminense, estes vão de pior a muito pior.
O Vasco paga o preço pelas sucessivas crises vividas por seu futebol desde o ano passado.
Só um milagre poderá salvá-lo (sorte dele que milagres, no futebol, volta e meia acontecem). O preço que o Fluminense paga é o de não ter se programado para um ano que, todo mundo sabia, não é igual àquele que passou. Embora se orgulhe de sua organização, de ter um patrocinador que gosta de futebol e de um gestor muito incensado, daí o alto salário que recebe, o clube das Laranjeiras deixou seu time desmoronar aos poucos, até ser o que é hoje: um campeão às portas da segunda divisão.
Ainda bem - repito: para o futebol do Rio - que o Botafogo (e talvez o Flamengo semifinalista) ainda estão por aí.