terça-feira, 24 de abril de 2012

Júlio César expõe a crise de goleiros brasileiros

Antes de mais nada duas perguntas para você, caro leitor. 1) Você está plenamente satisfeito com o goleiro do seu time? 2) Quem deve ser o goleiro da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014 na sua opinião?

O último final de semana foi especialmente trágico para goleiros brasileiros. Júlio César, do Corinthians, saiu de campo chorando, responsável direto pela eliminação de sua equipe no Campeonato Paulista. Mas ele não foi o único. Deola, do Palmeiras, falhou também. Felipe, do Flamengo, bateu roupa. Fernando Prass, do Vasco, aceitou um chute de longuíssima distância. E assim por diante...

Final de semana atípico, portanto? Não. Final de semana típico. O Brasil, por incrível que pareça, vive uma crise de goleiros. O outro Júlio César, titular na última Copa do Mundo, vive a pior temporada da carreira na Internazionale e não tem substituto em vista.

Gomes não joga mais no Tottenham. Diego Alves até que vai bem no Valencia, mas não é titular absoluto.

A situação interna não é muito melhor. Os goleiros mais longevos e confiáveis nos seus clubes, casos de Victor (Grêmio), Jefferson (Botafogo) e Fábio (Cruzeiro) também não estão no auge. Alguns clubes apostam em jovens, como Santos, Corinthians, Palmeiras, Inter... Alguns desistiram de apostar, caso do Atlético-MG.

Marcos, ex-Palmeiras, aposentou-se. Rogério Ceni, do São Paulo, vive inusitada situação: está machucado e só volta no segundo semestre, algo raro em sua carreira.

O Brasil, que já teve três goleiraços da mesma geração e do mesmo nível (Marcos, Rogério e Dida) ficou de repente sem referência no gol.

E goleiro ganha jogo? Se não ganha, ajuda a ganhar. As três últimas seleções campeãs do mundo tiveram goleiros como protagonistas. Casillas, da Espanha, em 2010; Buffon, da Itália, em 2006; Marcos, do Brasil, em 2002...

Insisto. Quem é o melhor goleiro do Brasil? O Brasil terá um grande goleiro em 2014?