segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Santos toma baile em Yokohama

Como campeão da Taça Libertadores – apesar da campanha irregular no Campeonato Brasileiro – confesso que esperava mais do Santos diante do Barcelona, na decisão do Campeonato Mundial de Clubes no Japão. Mas a verdade é que o time de Vila Belmiro tomou um baile do Barcelona e só perdeu de 4 a 0 por acaso. Era para tomar uma goleada histórica, principalmente no primeiro tempo, quando não jogou rigorosamente nada.

Durante toda a partida, o Barcelona, do argentino Messi, teve sempre mais de 70 por cento de posse de bola e os 4 a 0, repito, ao final das contas, saíram barato para a equipe brasileira. Não sei qual foi a estratégia do técnico Murici Ramalho, mas cheguei a ficar envergonhado, principalmente na etapa inicial.

Neymar? Não jogou nada. Ou seja, o mesmo que Ganso e Elano. Fiquei com a impressão de que os jornais brasileiros incensaram por demais o garoto Neymar, de apenas 19 anos. E o pior de tudo é que os argentinos, agora, vão deitar e rolar em cima de nós que fizemos pouco de Messi – claro que os argentinos torceram fervorosamente para o Barcelona.

Tomara que esse baile, movido a castanholas, tenha servido de lição para o futebol brasileiro, que anda capengando, com todos os times jogando um futebol rastaquera. Afinal, a Copa do Mundo de 2014 está aí mesmo e nem podemos dizer que temos um time razoável. Sob esse aspecto, a goleada tomada pelo Santos teve certa utilidade. O futebol que estamos jogando nada se parece com o futebol que se joga na Europa. E outra decepção, como a da Copa de 1950, será uma tragédia.

No segundo tempo – perdido por 100, perdido por 1000 – o Santos melhorou um pouco. Mas só um pouco. Tanto é que ainda conseguiu tomar o quarto gol e quase tomou outros. O jornalista Juca Kfouri acha que o placar mais justo seria 7 a 1 Barcelona. Não chego a tanto. Mas uns 5 a 0 não seria de assustar ninguém. E nessa altura, fico com pena de Pelé, que foi bicampeão mundial em 1962 e 1963 e que, na televisão, estava todo animado com o seu Santos.

O futebol mudou, Pelé...