Sobre mais uma exibição de gala do Barcelona, de 13 títulos em 16 possíveis na era Guardiola, muitos companheiros já falaram com propriedade. Mais do que a capacidade de manter a posse da bola e envolver o adversário com constante movimentação e troca de posições, o time impressiona pela obsessão em recuperá-la o mais rápido possível.
Contra um elenco que trata o objeto do jogo com tanta devoção, é inadmissível que qualquer jogador do rival seja indiferente, quase indolente. Em dois jogos cruciais para o Barça, o time do outro lado contava com um meia indiscutivelmente talentoso na hora de criar jogadas (Özil, pelo Real Madrid, e Ganso, pelo Santos), mas incapaz de participar da fase defensiva do jogo.
Mourinho blefou na véspera do clássico ao declarar, através do auxiliar Karanka, que o time voltaria a usar o esquema com três volantes diante do Barcelona - algo que funcionava na semifinal da Champions League até a expulsão de Pepe. Na hora H, acreditou que o melhor momento, comprovado pelas campanhas, e o fato de jogar em casa permitiriam usar o habitual 4-2-3-1. Não deu certo.
Poderia funcionar se Özil ajudasse sem a bola, mas o alemão optou por apenas assistir, dando o espaço que o Barça adora ter. Assim, o Real Madrid acabou vendido no setor em que os jogos se decidem. Se um não corre para trás, os outros têm de correr mais para ajudar, e as peças de ataque acabam mais distantes do gol adversário.
A história se repetiu na decisão do Mundial. Ganso deu seu par de bons passes para os companheiros - e seu talento para encontrar a jogada inesperada não se discute -, mas sua inércia quando a bola não chega a seus pés assusta. É como se desinteressasse por completo do jogo. Neymar, o mais importante do time, voltava, mas Ganso não.
Algo inexplicável em qualquer circunstância, em especial contra o Barcelona. Se o 10 santista não perceber rapidamente que apenas o passe genial não basta, terá problemas para alcançar o que se projeta para sua carreira. Ainda há tempo de corrigir.
O futebol dá cada vez menos espaço a jogadores incapazes de colaborar com e sem a bola. Da mesma maneira que espera-se de um volante que não saiba apenas roubar a bola e tocar de lado, um meia completo precisa não apenas encontrar os companheiros em boa posição, mas também ajudar a desarmar o adversário. Inspiração é fundamental, mas sem suor não basta.
Contra um elenco que trata o objeto do jogo com tanta devoção, é inadmissível que qualquer jogador do rival seja indiferente, quase indolente. Em dois jogos cruciais para o Barça, o time do outro lado contava com um meia indiscutivelmente talentoso na hora de criar jogadas (Özil, pelo Real Madrid, e Ganso, pelo Santos), mas incapaz de participar da fase defensiva do jogo.
Mourinho blefou na véspera do clássico ao declarar, através do auxiliar Karanka, que o time voltaria a usar o esquema com três volantes diante do Barcelona - algo que funcionava na semifinal da Champions League até a expulsão de Pepe. Na hora H, acreditou que o melhor momento, comprovado pelas campanhas, e o fato de jogar em casa permitiriam usar o habitual 4-2-3-1. Não deu certo.
Poderia funcionar se Özil ajudasse sem a bola, mas o alemão optou por apenas assistir, dando o espaço que o Barça adora ter. Assim, o Real Madrid acabou vendido no setor em que os jogos se decidem. Se um não corre para trás, os outros têm de correr mais para ajudar, e as peças de ataque acabam mais distantes do gol adversário.
A história se repetiu na decisão do Mundial. Ganso deu seu par de bons passes para os companheiros - e seu talento para encontrar a jogada inesperada não se discute -, mas sua inércia quando a bola não chega a seus pés assusta. É como se desinteressasse por completo do jogo. Neymar, o mais importante do time, voltava, mas Ganso não.
Algo inexplicável em qualquer circunstância, em especial contra o Barcelona. Se o 10 santista não perceber rapidamente que apenas o passe genial não basta, terá problemas para alcançar o que se projeta para sua carreira. Ainda há tempo de corrigir.
O futebol dá cada vez menos espaço a jogadores incapazes de colaborar com e sem a bola. Da mesma maneira que espera-se de um volante que não saiba apenas roubar a bola e tocar de lado, um meia completo precisa não apenas encontrar os companheiros em boa posição, mas também ajudar a desarmar o adversário. Inspiração é fundamental, mas sem suor não basta.